Estudante de Medicina da Ufam realiza intercâmbio no Egito para aperfeiçoar formação

Viviane Ferreira realiza estágio no Specialized Hospital Ain Shams University.Viviane Ferreira realiza estágio no Specialized Hospital Ain Shams University.Quem nunca desejou se aperfeiçoar na profissão e ainda mais fora do Brasil, dentro de outra cultura?

Pois essa experiência deixou de ser desejo na vida da estudante de medicina da Ufam, Viviane Ferreira. Há uma semana no Cairo (Egito) para realizar estágio em cirurgia geral na Ain Shams University, a intercambista vivencia o crescimento profissional aliado à realização de um sonho de infância.

A terra dos faraós, das pirâmides e do Rio Nilo, o Egito foi o lugar escolhido por Viviane durante a seleção do edital da International Federation of American Students Assoaciation (IFMSA), organização internacional que promove intercâmbios a estudantes de medicina em mais de 120 países do mundo, representada no Brasil pela Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina, que possui unidades locais em diversas faculdades de medicina, as Coordenações Locais de Estágios e Vivências (CLEV). “Estou representando a Ufam aqui. Estou muito feliz em poder compartilhar as experiências vividas em nossa Universidade e poder receber novos ensinamentos de uma cultura tão rica”, declarou.

Cursando o sexto período, Viviane se interessou pelo país africano na escola ao conhecer a história do Egito Antigo. Desde então, alimentou o sonho de conhecê-lo de perto. “Quando estava no quarto período, tomei conhecimento sobre o edital vigente 2018-2019 e decidi me inscrever. Minha única opção pretendida era o Egito, pois eu poderia unir o sonho de conhecer o país e ainda praticar as habilidades do curso em outra cultura e realidade”, explica a aluna sobre sua conquista. “O estágio ocorre cinco dias na semana, sob a supervisão de um preceptor que é Cirurgião Geral. Minhas expectativas foram superadas. Pude observar que, surpreendentemente, nossa cultura médico-hospitalar muito se assemelha com a praticada na universidade que estou estagiando (Ain Shams), com ligeiras mudanças em técnicas específicas nos procedimentos”, explica.

Intercâmbio permite o aprendizado de técnicas cirúrgicas distintas das brasileiras. Intercâmbio permite o aprendizado de técnicas cirúrgicas distintas das brasileiras. A fluência no inglês foi fundamental para classificar a estudante na seleção, já que é o segundo idioma mais falado no Egito, depois do árabe. “No hospital me comunico com os profissionais por meio do inglês. Não tive nenhuma dificuldade na comunicação e ainda tenho aprendido muitas expressões em árabe”, conta Viviane. “As expectativas seguem grandes mesmo após uma semana de estágio concluído, ainda faltam três. A cada dia aprendo conteúdos diversos e técnicas que não são aplicadas no Brasil e que possuem grandes resultados. Então sempre há grande expectativa para as próximas cirurgias e procedimentos”, revela.

A vivência em outra realidade tão distinta da brasileira permitiu à futura anestesista ou cirurgiã crescer, também, como pessoa já que precisou se adaptar à alimentação e aos costumes locais para melhor realizar o estágio. “Tem sido muito interessante, sobretudo em relação à alimentação e peças de vestuário. Por ter maioria expressiva de islâmicos, sobretudo no ambiente hospitalar, devemos sempre cobrir todo o corpo e é opcional o uso do Hiyab. Alguns momentos eu uso por me sentir mais confortável e em respeito à população que está sendo atendida”, explica. “Estou muito feliz e realizada em poder vivenciar essa experiência tão enriquecedora”, finaliza.

 

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