Professores e pós-graduandos foram reconhecidos pela produtividade. Professor Dércio Reis participou da solenidadePor Cristiane Souza

Com a presença de discentes, docentes e gestores, a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Informática da Universidade Federal do Amazonas (PPGI/Ufam) apresentou, na manhã do dia 18 de novembro, no auditório 1 do Prédio Icomp-TEC, setor Norte do Campus Universitário, os principais resultados do biênio 2017-2018. Além disso, professores e alunos mais produtivos receberam certificados e foram apresentadas as estratégias capazes de elevar este que já é o único Programa nota cinco do Norte ao seis na avaliação quadrienal 2017-2020.

Segundo a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Selma Baçal, é muito prudente, da parte do PPGI, trabalhar com o planejamento em prol da excelência junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Nós estamos no meio de um quadriênio de avaliação da Capes, e esse evento é muito prudente da parte do PPG, porque possibilita avaliar como estão as atividades e permite fazer um planejamento dos próximos dois anos. A nossa expectativa está caminhando no sentido de lutar para que a nota do PPGI aumente, ou pelo menos se mantenha”, apontou a titular da Propesp.

A professora frisou que a Pró-Reitoria tem acompanhado mais de perto os Programas, por meio do Programa de Apoio à Consolidação e ao Avanço da Qualidade da Pós-Graduação (PAC-PG). Numa das suas vertentes, o Programa visa à política de internacionalização e a busca de parcerias internacionais para fortalecer a pesquisa e a interação com pesquisadores e grupos de pesquisa internacionais. “Uma das metas do PAC-PG é incentivar essas ações de mobilidade, não só de estudantes, como também de docentes, numa via de mão dupla. A proposta é atrair pesquisadores renomados para contribuir com os nossos Programas e também levar os nossos pesquisadores, com um know how de conhecimento na sua própria área, para estabelecer interação internacional”, explicou a professora Selma Baçal.

Em se tratando de trajetória na pesquisa, a diretora do Instituto de Computação (Icomp), Unidade Acadêmica onde está abrigado do PPGI, professora Tanara Lauschner, desde cedo os discentes têm contato com a pesquisa. “Acreditamos não ser possível dissociar o PPGI do próprio Icomp. Sempre realizamos as ações em conjunto e de forma que o Instituto e o Programa possam interagir e gerar excelentes resultados. Quando a gente se planeja, e pensa em ações colaborativas, sempre pensamos incluindo a pesquisa”, assegurou a professora.

Planejamento de atividades será eficaz para elevar a nota do PPGIAinda segundo a diretora do Icomp, outro fator de grande relevo é o envolvimento dos professores, o que acaba gerando uma boa produtividade, o que se reflete na publicação em periódicos de alto conceito e em conferências. “Nossos alunos já são envolvidos na pesquisa desde a graduação. Como o nosso PPG é nível cinco, existe a exigência de um número de publicações bem alto, não só pra manter esse conceito, mas para avançar para o seis. É essa a nossa busca”, complementou a professora Tanara Lauschner.

Ao apresentar os principais resultados do PPGI no biênio 2017-2018, o coordenador da pós-graduação, professor Eduardo Feitosa, foi enfático ao dizer que a meta do conceito seis no quadriênio de avaliação 2017-2020 é sim exequível. “Precisamos trabalhar os pontos que não foram tão fortes na última avaliação, por exemplo, focar na publicação em Journals de Qualis Capes entre A1 e B1. Cada publicação num periódico desse nos habilita a apresentar três publicações em conferências para o mesmo período avaliado, de forma equilibrada”, disse ele.

Entre os destaques da exposição feita pelo professor Eduardo Feitosa, é possível citar as iniciativas de interiorização do PPG na região Norte, empreendidas entre os anos de 2014 e 2018. “Recebemos discentes de Rio Branco (AC), de Boa Vista (RR) e de Porto Velho (RO). Essa iniciativa é um dos frutos da aprovação do novo regimento do PPG, em 2016”, mencionou ele, ao elencar ainda os requisitos avaliados pela Capes, a seguir: Proposta do Programa, Corpo Docente, Corpo Discente, Produção Científica e Inserção Social.

Reconhecimento

Além da exposição de resultados e perspectivas para o Programa, também houve um momento em que docentes e discentes mais produtivos foram agraciados com certificados pelo trabalho realizado durante este ano de 2018. Entre os docentes homenageados, possível destacar o trabalho realizado pela professora Tayana Conte, que é, hoje, a única mulher com bolsa de produtividade da Capes na região Norte na área da Computação. “O docente faz muita diferença, e precisamos de mais mulheres fazendo esse trabalho. Hoje eu sou a única nessa condição, mas precisamos avançar nesse ponto, e esperamos que seja logo”, afirmou.

“Desde 2009, quando eu retornei do doutorado, pude orientar 23 mestrandos e cinco doutorandos. Estamos formando mais por aí. Desses orientandos do doutorado, quatro já lecionam em outras IFES [Instituição Federal de Educação Superior]. Então, nós estamos formando pessoas capacitadas que estão atuando em diversas áreas do País”, completou a professora Tayana Conte, que ficou responsável por coordenar a participação do PPGI no Programa de Estratégico de Tecnologia Informação na Amazônia (Proti-Mobilidade), da Fapeam, cuja ênfase foi para as áreas tecnológicas.

Nesse ponto, o diretor técnico-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), professor Dércio Reis, também convidado para acompanhar a avaliação bienal do Programa nota cinco da Universidade, apontou os ganhos para a ciência no estado. “Não somos nem piores nem melhores do que ninguém, às vezes, o que falta é mais apoio. Eu fico muito orgulhoso de vir aqui e ver que os resultados são tão grandiosos. Então, esta é a oportunidade que eu tenho de agradecer a todos do PPGI e comemorar com vocês”, disse ele, ao recordar que a Computação tem uma grande vantagem frente a outras áreas, que é a possibilidade de flutuar e compor conhecimentos nas mais diversas áreas.

Um dos homenageados pelo trabalho realizado na Universidade North Arizona University (NAU), campus da cidade Flagstaff, no Arizona, EUA, é o doutorando Williamsson Silva, da turma 2015-2019. “Essa experiência me fez crescer como pesquisador, porque eu pude compreender como os outros pesquisadores trabalham. E também pude ver que aqui no Amazonas nós fazemos pesquisas tão boas quanto lá. O nosso PPGI é muito reconhecido lá fora, principalmente com o professor que me auxiliou no intercâmbio”, esclareceu o discente.

Williamsson Silva trouxe excelentes resultados para o PPGI, para a Ufam e para o Amazonas. “Trouxemos dois artigos submetidos para Journals e outros dois estão em processo de escrita, sendo que um deles já vai ser submetido esta semana e ou segundo ficará para 2019”, disse.