II Semana da Consciência Negra e Indígena em Humaitá é fruto de parceria entre IEAA-Ufam e Ifam

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom/Ufam

Com o tema “Conflitos Sociais e Territorialidades”, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio de seu Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente de Humaitá (IEAA), e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), promoveram, entre os dias 26 e 28 de novembro, a segunda edição da Semana da Consciência Negra e Indígena naquele município.

A atuação da Ufam se deu, em particular, por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiras (Neabi), vinculado ao IEAA-Humaitá. O evento teve como principal objetivo viabilizar a apresentação e a discussão das pesquisas relacionadas à problemática que envolve a história e a cultura afro-brasileira e indígena junto aos estudantes do Ifam nos campi de Humaitá e Lábrea, das escolas estaduais e municipais de Humaitá, da Ufam e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

A sociedade em geral também pôde participar da Semana, cujas atividades englobaram oficinas, minicursos, palestras, exposição de trabalhos e ações culturais. Inserir tal evento no calendário anual das instituições promotoras e atendidas é uma forma de contemplar as demandas locais, haja vista a sua inserção numa região de conflitos (culturais, socioambientais e territoriais) e o conhecimento é uma das formas de reflexão e de mudança social.

Aprendizado

Na programação, as mesas-redondas “Protagonismo das mulheres – resistências nos diversos espaços sociais” e “Povos indígenas – entrelaçando saberes e lutas” estavam entre as principais atividades. Temas como Educação sustentável, Ensino em salas multisseriadas, Representatividade no cinema e Identidades amazônicas foram abordados em atividades teóricas e práticas. No terceiro dia do evento, 28, o principal tema da mesa-redonda foi “Conflitos e territorialidades na Amazônia”.

Para o acadêmico do curso de Engenharia Ambiental do IEAA-Ufam, Del Belfort de Moraes, 28, o destaque foi para a contextualização da cultura regional. “Acredito seriamente que a construção do conhecimento a partir de uma visão local ajuda na compreensão das peculiaridades de nossas cidades e dos movimentos sociais e econômicos ocorridos no Sul da Amazônia [Sul do Amazonas, Rondônia e Acre]”, afirmou o discente.

“Foi possível ver o quanto os grandes empreendimentos realizados na região afetaram e ainda afetam a sociedade e meio ambiente, além de mostrar que os povos tradicionais contribuíram muito para o desenvolvimento regional e ainda assim foram ‘marginalizados’ e desrespeitados enquanto proprietários de regiões onde ocorreram os empreendimentos”, acrescentou o estudante Del Belfort, para quem outro tema de relevo são os conflitos agrários.

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