Flet promove seminário para discutir qualidade de vida na Universidade

Seminário incentiva comunidade a participar de decisões da Flet.Seminário incentiva comunidade a participar de decisões da Flet.Reunir a comunidade acadêmica da Unidade para discutir temas importantes no cenário atual das Universidades e da sociedade é o objetivo do II Seminário Acadêmico da Faculdade de Letras (Flet/Ufam). As atividades do evento ocorrem durante todo o dia para contemplar os três turnos de funcionamento da Flet. Pela manhã, a busca pela qualidade de vida, com foco no combate à violência, foi a temática do encontro no Auditório Rio Solimões, no setor Norte do campus universitário.

Realizado pela diretoria da unidade, o evento é uma estratégia encontrada pela atual gestão para estimular a construção coletiva das decisões que afetam a comunidade da Flet. Segundo o diretor, professor Wagner Teixeira, nesta segunda edição, serão trabalhados os temas, pela manhã, a qualidade de vida do servidor, e à tarde, o processo de avaliação dos cursos de graduação da unidade acadêmica. “Percebemos que a Universidade tem passado por momentos ímpares e precisamos trabalhar a questão do enfrentamento ao ódio, à discriminação, o sexismo, à discriminação de todas as formas. Recebemos denúncias e, pensando em enfrentar essa realidade, trouxemos essa proposta para debatermos, que é importante”, expôs o gestor.

Pela manhã foi realizada a mesa-redonda “Valorização Humana e Qualidade de Vida na Universidade”, cujas participantes foram as professoras Maria Izabel Heckmann, integrante da Comissão de Assédio Moral da Ufam, e Iolete Ribeiro, da Faculdade de Psicologia, além da assistente social do Departamento de Saúde e Qualidade de Vida da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (DSQV/Progesp), Alana Lima. Para a professora Maria Isabel Hechmann, a educação é o primeiro passo para o combate ao assédio moral, pois, as pessoas precisam ter ciência de quais comportamentos caracterizam o ato para evitá-los ou denunciá-los, em caso de ocorrência. “É preciso dizer o que é o assédio, que tudo aquilo que extrapola a normalidade, como falas humilhantes, constrangimentos recorrentes, configuram conduta abusiva”, explica, ao dizer que a Ouvidoria da Universidade é o setor competente para fazer denúncias.

Educação é caminho para prevenção e combate ao assédio moral, segundo professora.Educação é caminho para prevenção e combate ao assédio moral, segundo professora.Mais direcionada à questão da violência de gênero, a professora Iolete Ribeiro apresentou dados sobre o assunto com base em pesquisa feita em universidades de todo o país. Para a docente, é necessária a inclusão dessas temáticas na formação docente para que tanto professores quantos estudantes possam aprender a lidar com as diferenças presentes na sociedade de forma respeitosa. “A violência é naturalizada porque somos educadas para crer que tudo que acontece é nossa responsabilidade”, declarou.

Já a representante do DSQV, Alana Lima, destacou que a Instituição tem trabalhado para combater a violência em seu âmbito, inclusive com a criação da Comissão de Combate ao Assédio Moral. Alana citou exemplos de atividades promovidas pelo DSQV, como a Semana de Saúde Mental realizada na semana passada, para esclarecer a comunidade sobre prevenir e combater esses problemas. “Precisamos, como Instituição, ouvir os dois lados e adotar os procedimentos cabíveis, sem semear a cultura da violência contra o agressor, que precisa ser punido se o ato foi comprovado, mas ele precisa ser recuperado também”, expôs.

No evento, estudantes do curso de pós-graduação da unidade leram uma carta de repúdio à conduta do estudante da Flet que agrediu verbalmente um professor em sala de aula. No documento, os alunos cobram providências para que o fato não fique impune. De acordo com o diretor da unidade, as partes envolvidas já foram ouvidas e as demais ações estão sendo encaminhadas para que o caso seja apurado e resolvido.

 

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