Palestra sobre inatividade física em crianças e adolescentes inaugura o III SRNAFS

Professor da Universidade do Porto, André SeabraProfessor da Universidade do Porto, André Seabra
Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom 

O III Simpósio da Região Norte em Atividade Física e Saúde (III SRNAFS) teve início nesta quarta-feira, 3, com o tema 'Promoção da atividade física em diferentes contextos'. O objetivo do evento é oportunizar a aproximação de profissionais, pesquisadores e gestores que tenham interesse na troca de experiências na área, assim como discutir sobre a importância da atividade física.

O simpósio ocorreu no auditório Eulálio Chaves, localizado no Setor Sul do Campus Universitário.

Solenidade de abertura

Na ocasião, o reitor, professor Sylvio Puga, lembrou que, por meio da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF), a Ufam foi a pioneira no convênio com a Universidade do Porto há trinta anos. “Após a assinatura de convênio, todos os reitores, sem exceção, visitaram a Universidade do Porto, reafirmando e renovando os votos de compromisso mútuo entre as universidades”, disse Sylvio Puga.  

O reitor afirmou que o evento se propõe a trazer informações de qualidade em nível dos palestrantes, assim como fazer com queReitor da Ufam, professor Sylvio Puga e demais autoridadesReitor da Ufam, professor Sylvio Puga e demais autoridades a formação dos participantes seja cada vez mais aprimorada. Ele ressaltou que, para que tenhamos um simpósio desse nível, é preciso um trabalho de parceria entre os docentes, discentes e técnicos e, em seguida, declarou aberto Simpósio.

Na composição de mesa de abertura, estiveram presentes, além do reitor da Ufam, o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação em exercício, professor Jamal Chaar, o Pró-Reitor de Extensão em exercício, professor Paulo Ariston, o diretor da FEFF, professor João Otacilio dos Santos, o presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física (SBAF), professor Alex Antônio Florindo, a presidente da Comissão Organizadora do III SRNAFS, professora Roseanne Autran e o presidente da Comissão Científica do III SRNAFS, professor Mateus Fosato.  

Palestra Magna

'A Inatividade física em crianças e adolescentes: um problema de saúde pública' foi o título da palestra magna proferida pelo professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, André Seabra. A apresentação objetivou mostrar o grande índice de crianças e adolescente que não apresentam um estilo de vida ativo e saudável.

De acordo com o docente, atualmente, as crianças e adolescentes apresentam-se inativas e sedentárias e, consequentemente, podem adquirir um conjunto de doenças que há um tempo incidia somente na fase adulta. Com isso, podemos transformar e modificar esse comportamento, no sentido de termos crianças e adolescentes mais ativos, disse o professor.

Segundo ele, toda a prática desportiva é capaz de promover um estilo de vida ativa. Para ele, o futebol, numa vertente recreativa, pode e deve ser encarado como uma estratégia de saúde pública. Conforme Seabra, a ciência tem apresentado resultados positivos nesse campo de pesquisa, sendo favorável ao futebol recreativo. As sociedades modernas são altamente industrializadas, têm contribuído, exatamente, para termos crianças e adolescentes mais inativas, e com comportamento mais sedentário, disse o palestrante.

“Essa é uma realidade. Por isso que nós, enquanto acadêmicos, professores, pais, governantes, temos que tentar criar condições para que elas possam, na escola, no clube, na comunidade contrariarem a inatividade e o sedentarismo, completa o professor.  

Seabra disse que de acordo com a realidade portuguesa,   acredita-se que nesses três contextos se poderá intensificar aProfessor André Seabra proferi palestra "A inatividade física em crianças e adolescentes: um problema de saúde pública". Professor André Seabra proferi palestra "A inatividade física em crianças e adolescentes: um problema de saúde pública".  promoção da atividade física (escola, clube, comunidade). Ele destaca a escola como local preferencial onde a criança passa a maior parte de tempo. Na sequência, os clubes desportivos cuja importância se dá pela maior ocorrência de atividade física, no caso, Portugal. E, por último, as comunidades que, segundo ele, necessitam da criação de espaços, programas desportivos acessíveis e gratuitos que permitam às crianças o desenvolvimento de atividades físicas.

Os estudos realizados sobre os efeitos do futebol recreativo na saúde da criança como uma prática desportiva sejam feita de forma regular, sistemática, intensa, e que promova o prazer da criança pela prática desportiva que envolva a família e os amigos. Todos esses conjuntos de fatores podem contribuir para reverter os problemas de saúde da criança, finaliza o professor.

Sobre o palestrante

Professor na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. PhD em Ciências do Desporto (2007), primeiro mestre em High Performance Training (1998) e segundo mestre em Saúde Pública (2004) pela Universidade do Porto. Durante mais de 15 anos, trabalhou como treinador de futebol em diferentes clubes (Boavista FC, Associação Acadêmica de Coimbra; SC Salgueiros; Leixões SC) e categorias de competição (de sub-10 a profissional).

Durante os últimos quinze anos esteve envolvido em duas linhas de pesquisa científica: identificação de talentos e desenvolvimento no futebol e epidemiologia da atividade física. Em relação à primeira linha de pesquisa, investigou-se o crescimento, a maturação biológica e as características de aptidão física de jovens atletas. Quanto à segunda linha de pesquisa, participaram de vários estudos epidemiológicos descritivos, analíticos e de intervenção. Em 2013, recebeu o patrocínio da UEFA e da Federação Portuguesa de Futebol para implementar em Portugal um projeto de intervenção intitulado “Futebol como nova abordagem terapêutica para prevenir a obesidade infantil”.

Autor e co-autor de mais de 100 artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, e palestrante convidado em mais de 100 palestras em Portugal e em diferentes países.

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