Estudantes de Ciências Pesqueiras são premiadas em Congresso Nacional

 
Por Juscelino Simões
Equipe Ascom

As estudantes de Iniciação Científica Rebeca Guimarães, Mayra Gonçalves, Karoline Reis e a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos (PPG-CIPET), Liliane Castro, vinculadas ao Laboratório de Sanidade de Animais Aquáticos (Lasaa/Ufam) tiveram seus trabalhos premiados no Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquaciência 2018), o evento ocorreu nos dias 17 a 21 de setembro, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Os trabalhos abordaram os resultados parciais do uso do triclorfon para controle da acantocefalose, uma doença parasitária que vem ocasionando grande impacto econômico na cadeia produtiva do tambaqui no estado do Amazonas. 

O resultado gerado pela pesquisa apresenta uma proposta terapêutica através de um produto legalizado para uso na aqüicultura: o Masoten (princípio ativo triclorfon) para controle da acantocefalose.

As pesquisas estão vinculadas ao Programa de Apoio a Jovens Doutores (PJD/Ufam), sob a coordenação da professora Sanny Andrade Porto. “O grupo de trabalho do Laboratório de Sanidade de Animais Aquáticos (Lasaa), enviou por meio do Programa Jovens Doutores, sete trabalhos de pesquisa (graduação/pós graduação), dos quais quatro foram premiados. Esse resultado reflete a dedicação e compromisso de nossos alunos com a pesquisa, sendo a premiação, um reconhecimento ao esforço dos nossos estudantes, e um estímulo para que possam dar continuidade a carreira de pesquisador”, disse Sanny Porto.

“Além disso, a participação dos discentes no evento, de grande magnitude no cenário da aquicultura nacional, proporcionou a troca de informações e o intercâmbio para futuras pesquisas, incentivando os alunos para formação continuada”, explicou a professora Sanny Porto

“Fiquei muito feliz em ganhar este prêmio, foi algo bastante significativo na minha vida acadêmica, pois é o reconhecimento do trabalho de uma equipe dedicada e esforçada. É um incentivo para continuarmos neste caminho, sabendo que colheremos bons frutos futuramente”, ressaltou a estudante Rebeca Guimarães.

Aquaciência 2018

O Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática, Aquaciência, atualmente representa um dos maiores eventos técnico-científicos de Aquicultura e Biologia Aquática do mundo. Ao longo das suas sete edições, o Encontro vem apresentando vários temas e com isso agregando, a cada ano, mais pesquisadores, estudantes, produtores e empresários da área.

O evento possibilita a troca de experiências, apresentação de novas tecnologias, descobertas e um momento de importantes discussões sobre temas atuais e relevantes para a Aquicultura Nacional. Dentro dessa mesma expectativa em sua VIII edição, o Aquaciência 2018 teve como tema principal a Inovação (Aquaciência 2018: um olhar para a inovação.

Com os avanços das tecnologias na aquicultura, nos deparamos com inovações que podem promover uma forte parceria da academia com a cadeia produtiva. Dentre as inovações do setor aquícola destacamos a Biotecnologia aplicada a aquicultura que visa promover o aumento da produtividade e a viabilidade econômica do setor. Pesquisas envolvendo o uso de resíduos negligenciados da aquicultura e pesca, assim como ferramentas biomoleculares para determinação de doenças, podem favorecer o aumento da produção de forma segura.

No contexto nutricional estudos inovadores atentam para o uso de alimentos alternativos que promovam maior eficácia do produto ofertado e minimize os resíduos gerados a partir de efluentes.

O aprimoramento de técnicas de produção, como o desenvolvimento de estruturas eficazes, são inovações que permitem impactos positivos na produção como o rápido crescimento, sem ferir o bem-estar animal, e minimização dos resíduos gerados, desta forma a inovação assim como a Biotecnologia caminham juntas para uma produção mais sustentável. Neste contexto, olhar para a inovação favorece para um cultivo correto e a necessidade da academia estar ainda mais atrelada ao setor produtivo seja ele para atender altas demandas ou para produção familiar.

É importante atentar para o fato de que inovar é um processo que demanda conhecimento, disponibilidade e atenção para detectar problemas e gargalos na produção. A inovação não envolve apenas tecnologia, envolve também a estrutura organizacional do empreendimento.

O intuito do Aquaciência 2018 é promover diálogos que fortaleçam a parceria e a troca de experiências entre academia e setor produtivo que juntos buscam cada vez mais melhorar as técnicas de cultivo para uma produção sustentável na aquicultura.

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