Estudante de Engenharia Química da Ufam terá dupla formação acadêmica

Estudante Miguel Salazar do curso de Engenharia Química da UfamEstudante Miguel Salazar do curso de Engenharia Química da Ufam
Por Juscelino Simões
Equipe Ascom

 

O estudante de graduação de Engenharia Química da Ufam, Miguel Costa Salazar, participou do programa de parceria universitária Brafitec da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que se caracteriza pela dupla formação acadêmica. Ele estudou na Universidade de Lille, no norte da França, por dois anos e agora retorna para dar continuidade ao curso de graduação na Ufam. Após a conclusão, receberá o diploma das instituições.

A ideia de estudar em um país europeu surgiu quando uma amiga dele falou do programa da Capes de dupla formação na área de engenharia. Ele buscou a forma de seleção do Programa e realizou sua inscrição. Após a avaliação do seu perfil acadêmico, ele foi selecionado e seguiu para estudar na Instituição francesa.

O ensino superior na França é essencialmente público e gratuito aos, sendo assim, o estudante brasileiro desfruta das mesmas condições que o estudante francês, facilitando o acesso aos estudantes estrangeiros, por meio do Brafitec (Brasil France Ingénieur Technologie) da Capes.

O programa consiste em projetos conjuntos de pesquisa em parcerias universitárias em todas as especialidades de Engenharia, exclusivamente em nível de graduação, para promover o intercâmbio entre os países e estimular a aproximação das estruturas curriculares, inclusive à equivalência e o reconhecimento mútuo de créditos.

O estudante concedeu entrevista e contou sua experiência e a expectativa de possuir dois diplomas de duas importantes Instituições acadêmicas, assim que concluir a graduação na Ufam, e que outros alunos possam ter acesso ao Programa.

Como conheceu o Brafitec?  

Não sabia do Programa, era pouco divulgado. Não imaginei que outros estudantes já tinham tido essa experiência. Soube por uma amiga que estudava na Faculdade e que me incentivou a fazê-lo. Procurei saber sobre o edital, vi quais eram os requisitos, me inscrevi e fui selecionado.

Quais foram às dificuldades?

Tem sempre coisas que dificultam. A adaptação a uma cultura diferente é algo que leva um tempo. No início, a língua foi um problema, mas depois você se acostuma. A questão mesmo é cultural, quanto à comida, a forma de agir, entre situações diárias. Para algumas pessoas isso é muito complicado. Foi o que mais me dificultou, mas depois fui me acostumando.

Quanto ao curso na Universidade de Lille? Como foi sua vida acadêmica nesses dois anos?

No curso de Engenharia da Ufam fazemos mais cálculos. Em Lille, a parte teórica é trabalhada com mais intensidade. Aqui o ritmo de estudo é mais lento. Fazemos mais questões durante a aula para verificar se o aluno aprendeu mesmo. Na França, o ritmo é mais acelerado e eles dão mais conteúdo. Faz parte da cultura do país. Tive que me adaptar a forma de ensino deles. Foi uma experiência importante para minha vida.

Do ponto de vista profissional, ter um diploma internacional faz diferença no mercado interno?

Acredito que ter um diploma de uma universidade francesa eleva o currículo de qualquer um. Espero que faça diferença no mercado. Existem empresas estrangeiras que buscam profissionais que tenha um currículo com título de formação internacional. No momento penso em cursar doutorado na França, mas ainda não tenho certeza do que vou fazer. Preciso concluir o curso de Engenharia da Ufam e depois vou ver o que faço.    

     

 

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