Com o tema “Experiências em Educação a Distância (EaD)” teve início na noite desta sexta-feira (07) o I workshop promovido pelo curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na modalidade a distância. O funcionamento do Centro de Educação a Distância (CED) da UFAM e o histórico da EaD no Brasil foram abordados no primeiro dia do evento que continua amanhã (08) no auditório Paulo Bührnheim da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF).

Compuseram a mesa de abertura do I Workshop de Ciências Biológica a distância a diretora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), professora Sônia Maria da Silva Carvalho, representando a reitora da UFAM, professora Márcia Perales, a técnica administrativa em educação, Vanessa Klíssia de Aguiar Gonçalves, representando a pró-reitora de Ensino e Graduação, professora Rosana Parente, o diretor do CED, professor Gabriel Arcanjo Albuquerque, a coordenadora do curso de Ciências Biológicas a distância, professora Maria Linda Flora de Novaes Benetton e as coordenadoras do curso de Ciências Biológicas presenciais, professoras Maria das Neves Silva Viana (noturno) e Iza Marineves Almeida Rocha (diurno).

Diretor do CED, professor Gabriel Arcanjo

O primeiro palestrante da noite, o diretor do Centro de Educação a Distância da UFAM, professor Gabriel Arcanjo Albuquerque discorreu sobre o funcionamento do órgão suplementar da Universidade. O professor expôs um pouco do trabalho desenvolvido pela UFAM para viabilizar a modalidade de ensino a distância no Amazonas e em alguns estados limítrofes. Relembrando a trajetória do CED e os desafios ultrapassados, o diretor comemorou as conquistas alcançadas, como o resultado satisfatório do curso de Ciências Biológicas, o qual obteve nota quatro na avaliação do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) do Ministério da Educação (MEC), cujo maior valor atribuído é cinco.

Segundo o professor Gabriel Albuquerque, desde que foi criado, em 2007, o CED conseguiu proporcionar o acesso à formação de qualidade a várias pessoas que, do modo convencional (presencial) não poderiam adquiri-la. Para o diretor há razões para festejar, mas há também novos obstáculos a serem vencidos para que a Universidade possa tornar ainda melhor o serviço oferecido. “Precisamos parar de contrapor a modalidade presencial à modalidade a distância e também em insistir numa distinção entre as duas. Precisamos ainda refletir sobre a necessidade de ampliar a capacidade tecnológica da UFAM para podermos estender as atividades na modalidade a distância para, por exemplo, atuar na formação dos nossos servidores, professores e alunos presenciais a partir do uso das tecnologias de informação e comunicação”, declara o diretor do CED.

Professora Maria Linda Flora Benetton

Em seguida, a coordenadora do curso de Ciências Biológicas a distância, professora Maria Linda Flora Benetton enfocou o Histórico da EaD no Brasil. De acordo com a palestrante, as primeiras instituições a implantar o que hoje é chamado de ensino a distância no país foram algumas escolas particulares em 1904. Essas escolas, localizadas no sul e no sudeste, eram filiais de unidades estrangeiras e preparavam os alunos para trabalharem no setor de comércio e serviços.

A professora Flora Benetton diz que o curso de Ciências Biológicas foi o primeiro a existir na modalidade a distância da UFAM e permitiu ao aluno aprender com a mesma qualidade do curso presencial. Para a coordenadora, as duas formas de estudo são eficientes e complementares, embora reconheça o preconceito quanto aos curso de EaD. “A educação a distância é uma modalidade que veio para ficar, mas ainda é um mito por falta realmente de conhecimento. Às vezes, as pessoas criticam os cursos porque não conhecem como funcionam na verdade. Elas pensam que não é um aprendizado sério, mas isso é puro desconhecimento”, conclui a professora que já fez duas especializações a distância.

A programação do I Workshop de Ciências Biológicas continua neste sábado (08) a partir das 8:30h com a palestra proferida pelas professoras Grace de Lourdes Cardoso e Ana Paula Porto Ferreira sobre “Consórcio Setentrional no Amazonas: desafios e perspectivas”. Durante a manhã haverá outras duas exposições orais abordando os temas “Virtualização de disciplinas” e “Visão do MEC quanto a EaD”. À tarde, a professora da Universidade Federal do Paraná, Gláucia da Silva Brito, trata das “Estratégias de ensino-aprendizagem em EaD” e, finalizando as discussões do evento, ocorre a Mesa-redonda “Desafios e perspectivas da EaD em diferentes cursos no Amazonas”. Após esse momento, será realizada uma apresentação musical encerrando o evento.