Gepos lança coletâneas e inova em publicação entre professores e alunos do PPGSCA

Por Sebastião Alves
Equipe Ascom

O Grupo de Estudo, Pesquisa e Observatório Social (Gepos), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (PPGSCA/Ufam) lançou na última quarta-feira, 30, três coletâneas organizadas por docentes e discentes do Gepos. A cerimônia de lançamento ocorreu no Centro Cultural Palácio da Justiça (CCPJ), localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus.

Durante o evento, ocorreu a apresentação cultural da Orquestra de Música Popular da Ufam, sob regência do maestro e professor da Faculdade de Artes (Faartes/Ufam), Márcio Aguiar.

A coordenadora do PPGSCA e do Gepos, professora Iraildes Caldas, em seu pronunciamento de abertura, expressou sua grande satisfação pelo lançamento das coletâneas. A coordenadora afirmou que “falar no contexto de publicação, no campo da pesquisa sobre a Amazônia é falar da nossa inserção na região que carece de estudos e de leituras sociológicas, antropológicas e filosóficas, para elucidação da grande problemática que envolve os povos amazônicos e sobre questões amazônicas”.

Caldas ressaltou a importância da participação dos discentes na organização das coletâneas juntamente com os docentes. Segundo ela, há uma exigência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para que professores e alunos sejam parceiros em publicações de artigos, capítulos de livros, assim como na organização das obras. “Isso é inovação do PPGSCA no contexto acadêmico”, comenta a professora.

“O tema Amazônia está presente de forma variada e diversificada, desde a relação de poder do coronelismo que há em Parintins, passando pela antropologia, pelos saberes tradicionais, pelas simbologias até pela expressão da linguagem. Isso faz nos mostrar como é a nossa cultura. Quem nós somos? Mostra a nossa imagem e considero interessante para nós publicizarmos as nossas diferenças em pesquisa”, disse Caldas.Professora Iraildes Caldas, coordenadora do GeposProfessora Iraildes Caldas, coordenadora do Gepos

Para o vice-coordenador do PPGSCA, professor Allan Rodrigues, quando foi criado há vinte anos, o Programa foi elaborado para pensar e refletir a Amazônia. Ele cita Djalma Batista como um dos autores que pensa sobre a região e que nos coloca numa posição de questionamento. Para o coordenador, quando se vê publicações de livros e artigos, se vê os frutos da reflexão no âmbito do Programa. 

“É para isso que serve a pesquisa na Universidade Pública. É para isso que serve um Programa de Pós-Graduação para produzir conhecimento, para dar resposta à sociedade e refletir sobre ela, provocando sua transformação. Por isso, deve-se saudar quando um grupo de pesquisa ou um professor publica, porque faz circular o conhecimento que está sendo produzido na Academia, fazendo-o circular. A ciência que não é comunicada pelo seu pesquisador, não existe, só passa a existir quando é comunicada. Quando alguém descobre algo e ninguém sabe, não há efeito algum sobre a sociedade”, disse o professor Allan. 

 

Coletâneas aborda temas variados sobre a Amazônia

Ao todo, foram organizadas três coletâneas. “Epifanias da Amazônia é um livro cujo conteúdo advém das pesquisas dos discentes de mestrado e de doutorado do Campus de Parintins, para onde o PPGSCA/Ufam se expandiu a partir de 2014. Ele foi publicado pela editora Livro Rápido, de Recife”, apresenta a coordenadora do Gepos, ao citar a contribuição de dois doutorandos do PPG, Diogo Gonzaga Torres Neto e Rooney Augusto Vasconcelos Barros, na organização.

O livro Amazônia, Cultura e Desenvolvimento é objeto de pesquisas de mestrado e doutorado de pós-graduandos de Manaus, todos vinculados ao PPGSCA e ao PPG em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia (PPGSS) e também participantes do Gepos. A obra foi organizada pela professora Iraildes Caldas em parceria com os doutorandos do PPSCA Diogo Gonzaga Torres Neto e Karla Patrícia Palmeira Frota.

Já o livro intitulado Fazendo Antropologia no Alto Solimões foi organizado pelos professores Michel Justamand e Iraildes Caldas. “É fruto de pesquisas de mestrado e doutorado dos alunos do PPGSCA, de Benjamin Constant, para onde o Programa se expandiu desde o ano de 2013”, completa a docente, anfitriã do evento literário.

 

Ecletismo musical é marca da Orquestra de Música Popular da Ufam

Com um repertório que abrange música popular regional, nacional e internacional, a Orquestra de Música Popular da Ufam é composta por 19 artistas e não se prende somente a um estilo, mas abrange toda e qualquer música popular.

Sob a direção do maestro Márcio Aguiar, a orquestra apresenta um leque de estilos. “Quando nós falamos em música popular, nós não nos prendemos a Música Popular Brasileira (MPB), mas, de forma generalizada, abrangemos todos os países e estilos. Nós tocamos desde músicas internacionais, a exemplo de músicas latinas, cubanas, passando pelo samba até composições do músico regional Célio Cruz”, explica o maestro.

Segundo Aguiar, desde agosto de 2017 quando a Orquestra de Música Popular da Ufam efetiva suas apresentações, até hoje não houve pausa. Ano passado foi realizada uma série de apresentações mensais no Centro de Artes da Ufam (CAUA), levando cultura e lazer à comunidade do entorno. Fora isso, Aguiar cita outros ambientes de apresentações, como no Congresso da Associação Brasileira do Ensino Musical, de Ciência e Tecnologia e no município do Careiro da Várzea (distante a 25 quilômetros de Manaus).

Apoio

O lançamento das coletâneas teve o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC/AM) e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC/AM).

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