Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é comemorado na Ufam
No formato Café com Libras, atividade descontraída do Programa de Extensão e Pesquisa Libras e Trilhas, participantes tiveram acesso a banners, vídeos e jogos didáticos.
Equipe do Programa de Extensão e Pesquisa Libras e Trilhas durante evento alusivo ao Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras)
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) comemorou o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) com um evento promovido pelo programa de Extensão e Pesquisa Libras e Trilhas.
Gratuito e aberto ao público em geral, o encontro ocorreu na manhã desta terça feira, 24, das 9 às 12h, no hall da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA 2) e contou com exposição de banners, apresentação de vídeos e de jogos didáticos elaborados pelos integrantes do Programa Libras e Trilhas.
De acordo com a coordenadora-geral do evento, professora Joana Angélica Stoller, a instituição da Libras, há 16 anos, como meio legal de comunicação e expressão em território nacional e a Lei Estadual 4.559, que estabelece o ensino da Libras no Ensino Médio da Rede Estadual amazonense são as principais comemorações nesta data.
Expansão da Libras
A docente destaca que a Língua Brasileira de Sinais vem sendo utilizada por demais usuários, como autistas e pessoas com Síndrome de Down. "É um orgulho que a Libras venha se expandindo para outros usuários e ajudando no estabelecimento da comunicação", ressalta a professora Joana Angélica, que também chama atenção para as principais barreiras que ainda encontra. "Ainda temos entraves dentro de nossa própria Universidade, onde a maior parte dos funcionários ainda não está capacitada a estabelecer uma interação eficaz com o sujeito surdo. Por isso o Programa Libras e Trilhas é tão importante, pois promove ações de interação com a Libras no âmbito da Ufam, tanto na capital, quanto no interior do Amazonas. No interior, contamos com o apoio da unidade da Universidade do Estado do Amazonas no município de Parintins, mas também temos demais apoios em fase de negociação", afirma a professora.
Desafios
Exemplar de jogo da memória desenvolvido pelo Programa Libras e TrilhasCamila Alves, 38, é aluna do sétimo período do curso de Letras Libras e bolsista do programa Libras e Trilhas, onde atua na área de Multimídia. Orientada pelos professores, ela faz o gerenciamento das redes sociais do projeto e desenvolve materiais didáticos, como jogos da memória abordando 9 temas da área de Libras. "O mais importante é disseminar a Libras, pois o surdo tem o direito de usar a sua língua em qualquer lugar e não ter problemas de comunicação onde quer que vá. Lamentavelmente, os surdos ainda tem que levar um intérprete quando precisam ir a uma instituição, enquanto esses lugares deveriam ter pessoas bilíngues", destaca a aluna.
Alanna Coelho, 22, também é acadêmica do sétimo período do curso de Letras Libras. Responsável pela parte administrativa do Programa Libras e Trilhas, ela aponta os principais desafios que enfrenta no cotidiano para expandir as pesquisas na área de Libras. "O maior desafio é entrar em contato com as instituições e esclarecer a proposta do programa e que há a possibilidade de criar projetos que possam ser vinculados a ele. Por exemplo, o público externo pode criar um projeto para ensinar a Libras na comunidade podendo submetê-lo à Câmara de Extensão como um Programa de Apoio à Realização de Cursos e Eventos (PAREC), vinculando-o ao Programa Libras e Trilhas, da Ufam", explica a aluna.
Próximas atividades do Libras e Trilhas
O programa Libras e Trilhas divulga que, no próximo dia 14 de junho, em local ainda a ser definido, haverá mais uma edição do Ciclo de Palestras. O evento contará com a participação da professora Taísa Sales, organizadora do livro 11 histórias e um segredo, obra que adaptou 11 lendas amazônicas para a cultura surda. A obra foi publicada pelo Ifam e pela Ufam em Língua Portuguesa, Libras e escrita da Língua de Sinais.
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