“Carapanã encheu, estourou”: curta de animação produzido por discentes de Artes da Ufam

O filme é uma releitura de um clássico centenário da animação a partir de elementos regionais. Até o momento, há quase 500 visualizações do curta na fanpage do PIBID Artes Visuais.

Filme está disponível na fanpage do subprojeto PIBID Artes VisuaisFilme está disponível na fanpage do subprojeto PIBID Artes Visuais

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom

Usar a animação como estratégia metodológica para o ensino de Artes. Essa é a proposta do grupo do Programa de Iniciação à Docência do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Amazonas (PIBID/Ufam), em atividade desde 2014. O curta “Carapanã encheu, estourou”, um dos resultados mais recentes desse trabalho, é uma releitura da obra de Winsor McCay "How a mosquito operates" (Como trabalha um mosquito, em tradução livre), criada em 1912.

A equipe do subprojeto Artes Visuais do PIBID, formada por Lucas Silva, Susã Alves, Sarah Santos, Sidneia Alves, Shayane Chaves, Icla Labareda e Felícia Gomes, realizou as etapas de pré-produção e produção do curta no Laboratório de Artes Visuais da Faculdade de Artes (Faartes). “Utilizamos muitos elementos de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, que podem ser usadas pelos professores no ambiente escolar para criar uma empatia natural propícia ao ensino das Artes”, afirma o idealizador do projeto, professor Francisco Filho.

Assista ao curta na fanpage do PIBID Artes Visuais!

Produção

Conforme explica o roteirista e coordenador da equipe, a criação de um curta de animação exige planejamento. A pré-produção ocorreu entre outubro e dezembro de 2017, e ela compreendeu a elaboração do roteiro, o desenho do Storyboard (espécie de história em quadrinhos que traz a sequência prévia do filme) e o Animatic (recurso usado para animar o Storyboard, possibilitando que se verifique, por exemplo, o tempo de cada cena).

Conforme esclarece o professor, o primeiro passo foi o treinamento dos bolsistas, ensinando conceitos históricos e técnicas. “A ideia foi trazer uma das mais antigas histórias de animação, o filme americano de McCay, de 1912, e trabalhar elementos amazônicos. O nome ‘carapanã’, o tipo de habitação, a canoa, a rede, o mosqueteiro, o caboclo... todos esses detalhes regionais conferiram um conceito amazônico ao filme”, elenca o diretor do curta.

A etapa de produção propriamente ocorreu entre janeiro e março de 2018. Essa fase compreendeu a releitura dos desenhos de personagens, a vetorização das imagens a divisão de funções entre os participantes. “O software canadense Toon Boom foi usado na versão harmony essencial. Com ele, finalizamos a edição, a sonoplastia e os outros efeitos”, informa o professor Francisco Filho. “Os alunos tiveram todo o treinamento para isso”, completa.

O filme ficou pronto em março, tendo sido lançado durante a 7ª Jornada do PIBID na Ufam. “A recepção é muito boa mesmo, até acima das nossas expectativas”, revela o professor Francisco, ao mencionar as quase 500 visualizações do curta na fanpage do grupo. Para ele, o aspecto mais importante do trabalho é mostrar as possibilidades de se usar a animação para tornar as aulas de Artes ainda mais atrativas aos adolescentes na prática da docência.

“Existe uma empatia natural para esse tipo de estratégia metodológica audiovisual. Os alunos se identificam com aquela realidade e compreendem a mensagem por trás dos elementos gráficos, sonoros... e isso acaba aproximando o aluno dos temas”, avalia o diretor do curta.

 
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