Educação Inclusiva é tema de palestra na Faculdade de Educação
Alunos com deficiência, com Transtornos Globais do Desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação são os grandes desafios da docência na atualidade. Para debater o tema da Educação Inclusiva, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia Diferencial ( NEPPD) promoveu, na manhã desta sexta-feira, 23, no auditório Rio Jatapu da Faculdade de Educação, a palestra "Um olhar sobre a formação inicial de professores para a Educação Inclusiva", que teve como palestrante a professora Osmarina Guimarães Lima.
Durante aproximadamente três horas, a professora Osmarina Guimarães Lima, que atua há 15 anos como docente da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Ufam (PPGE), apresentou o contexto nacional da Educação Especial nas décadas de 1980 e 1990, abordou os desafios mais atuais da Educação Inclusiva, além de orientar quanto às perspectivas de desenvolvimento profissional. "Nesta manhã, tivemos a oportunidade de comparar tudo o que é oferecido nos cursos de licenciatura para os alunos e o que o mercado de trabalho está exigindo deles, em termos de formação, todas as demandas e desafios apresentados pela escola onde atuam. Trabalhamos o conceito de formação, seja ela inicial ou continuada. Falamos em desenvolvimento profissional e percebemos que a licenciatura é apenas uma uma etapa da formação, que é permanente. Enquanto profissional, você junta a formação que você recebe na faculdade com a experiência que você constrói no seu ambiente de trabalho. Então, é preciso estudar o tempo todo para enfrentar os desafios no campo da Educação. Não há outra forma de lidar com os desafios", afirmou a palestrante.
Desafios e caminhos
Formação permanente - Professora Janaína Noronha foi uma das participantes da palestra promovida pela UfamJanaína Noronha é professora de Língua Inglesa na Escola Estadual Irmã Adonai, na Zona Oeste de Manaus. Ao relatar os desafios que enfrenta em seu cotidiano docente, ela comenta a importância de eventos voltados a debater a Educação Inclusiva. "Na escola, eu trabalho com alunos especiais como cadeirantes, deficientes auditivos, autistas, incluindo-os na escola. Mas muitas vezes nós, professores, temos certa dificuldade em trabalhar, pois há muitos pais que não aceitam as condições especiais de seus filhos. Então, temos que buscar meios, estudar para poder ensinar, procurar métodos para ensinar o aluno especial e é por isso que sempre venho participar das palestras da Ufam, para estar o mais preparada possível".
Palavra de mãe e educadora
Profissional da Educação e mãe de uma criança com Transtorno do Espectro Autista, a pedagoga Elenice Nobre destaca a necessidade de profissionais e pesquisadores terem uma visão ampla para a educação inclusiva. "Como mãe e profissional, constato a necessidade de profissionais e pesquisadores terem uma visão ampla para a educação inclusiva, tanto para resguardar seus direitos, como para garantir os direitos do aluno. Ao mesmo tempo, ressalto a importância da formação de pais, para melhor compreensão e saber lidar melhor com a realidade de seus filhos, tentando, dessa forma, 'minimizar' conflitos e promovendo sempre esse processo construtivo da educação inclusiva". A mesma palestra será proferida à tarde para que os alunos do turno vespertino possam ter acesso ao conteúdo.