Ufam sedia oficina de capacitação para Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento

 
 

Capacitação de agentes indígenas no Alto SolimõesCapacitação de agentes indígenas no Alto Solimões

Por Ismael dos Santos
Equipe Ascom

A Universidade Federal do Amazonas, as secretarias Especial de Saúde Indígena (Sesai), e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGETS), ambas vinculadas ao Ministério da Saúde, e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) - Escola Técnica do SUS no Amazonas, realizam até 16 de março em Manaus, campus universitário, e no Alto Solimões, o Curso de Qualificação de Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e de Saneamento (Aisan).

O objetivo é capacitar docentes e supervisores de campo das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), em conjunto com os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), e elaborar o plano pedagógico de acordo com as características de cada distrito, levando em conta questões como o perfil epidemiológico da região, o grau de escolaridade dos AIS e Aisan que atuam no local e também especificidades das etnias presentes.

Com carga horária de 500 horas para AIS e de 450 horas para Aisan, os cursos intercalam momentos de concentração, com 80 horas/aula, e de dispersão nas aldeias, onde os indígenas irão desenvolver atividades relacionadas aos conteúdos aprendidos nas aulas, com apoio de supervisor de campo, que será um dos integrantes da EMSI.

O programa conta com material didático composto de 16 cadernos temáticos ilustrados, abordando temas relacionados à atenção primária e ao papel dos agentes indígenas de saúde e agentes indígenas de saneamento nas ações básicas de saúde nas comunidades indígenas, tais como: saúde e ambiente, saúde, doença e atenção nos territórios indígenas, saúde da família indígena, promoção e educação em saúde, processo de trabalho e planejamento em saúde, entre outros.

Para a coordenadora geral do projeto pela Ufam, professora Claudia Guerra Monteiro, diretora do Departamento de Políticas Afirmativas (DPI), da Pró-reitoria de Extensão (Proext), o curso se adapta ao cenário regional. “A qualificação se adequa à realidade dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas não só em relação às etnias presentes no território, mas às distâncias e a escolaridade dos AIS e dos Aisan”.

Escolha do Amazonas para o curso

O Amazonas foi escolhido por ser o estado com a maior população indígena, maior número de distritos sanitários e também pela menor oferta de cursos para AIS e Aisan nos últimos anos. Os DSEI inicialmente contemplados são: Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Médio Rio Purus, Médio Rio Solimões e Afluentes, Parintins, Manaus e Vale do Javari. Serão ofertadas 1.260 vagas para AIS e 249 para Aisan nos sete distritos. A Sesai já elabora uma proposta de calendário para implantação do curso nos demais distritos sanitários no Amazonas ainda para 2018 e 2019.

Para Salatiel Rocha Gomes, coordenador geral pelo Cetam, “as oficinas abrem novas perspectivas para o Programa de Qualificação dos Agentes Indígenas, que atenderão, inicialmente, os sete Distritos Sanitários Especiais Indígenas localizados no Estado do Amazonas. Para isso foi firmada uma parceria”.

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