Museu Amazônico discute conservação de acervos arqueológicos

Materiais devem ser mantidos em umidade relativa entre 40 e 60%Materiais devem ser mantidos em umidade relativa entre 40 e 60%Foi realizada na tarde desta sexta-feira, 15, palestra acerca dos achados arqueológicos obtidos no percurso do gasoduto Urucu Coari-Manaus, obra finalizada em 2009.  

As arqueólogas Ângela Lima, Fernanda Maia e Yvonne Ramirez foram as ministrantes desta atividade, correspondente à inauguração da ‘XI Primavera dos museus’, no Museu Amazônico da Ufam.

Todas as peças expostas são componentes dos sítios arqueológicos encontrados no gasoduto, o que motivou a apresentação sobre os processos de conservação, restauração e registro documental dos materiais.

Conforme afirma Yvonne Ramirez, o trabalho em equipe composta por quatro arqueólogas, uma museóloga e uma técnica em conservação e restauro foi viabilizado por meio de um convênio estabelecido entre a Ufam e a Petrobrás em 2015. “O convênio foi fundamental para a provisão de recursos necessários à implantação de um laboratório onde o acervo arqueológico pudesse ser guardado e mantido sob cuidados”, esclareceu. O Laboratório de Arqueologia mencionado pela pesquisadora está localizado no setor Sul do Campus Universitário.

 

Resultados

Fontes de pesquisas transdisciplinares e de inovação científica, os sítios arqueológicos contidos na exposição correspondem a diferentes fases cerâmicas das tradições ‘Borda incisa’ e ‘Polícroma’, da Amazônia ocidental de até 1250 anos DC.40 sítios arqueológicos foram inventariados40 sítios arqueológicos foram inventariados

Com o passar do tempo, estas peças sofrem deterioração provocada por microrganismos e, portanto, demandaram processos específicos de conservação e restauro. Higienização, reintegração estrutural de peças desgastadas e controle da umidade do ambiente entre 40 e 60% são algumas das principais etapas.

Ao todo, 40 sítios foram inventariados, 34 sítios foram catalogados e reorganizados e uma coleção para fins didáticos foi formada.

Dyson Teles, diretor do Museu Amazônico, afirma que pretende aproveitar o tema desta edição da exposição - “Museus e suas memórias” - para atribuir reflexões aos participantes acerca da relevância dos acervos material e imaterial (simbólico) desta Instituição memorial. “Este ano, a programação cultural e científica foi construída por meio de parcerias com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com o Museu da Amazônia (Musa) e com equipe composta por voluntários”, acrescentou.

 

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