Docente da Ufam recebe diplomação como membro da Academia Brasileira de Ciências
Cinco novos membros foram nomeadosJosé Nazareno Gomes, docente do Programa de Pós-Graduação em Matemática da Universidade Federal do Amazonas (PPGM/Ufam), recebeu, na tarde de quinta-feira, 31, diplomação como membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
A sessão solene foi realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenada pelo vice-presidente da Regional Norte da ABC, Roberto Dall’ Agno.
Os demais cientistas que aderem ao grupo da ABC são Fernanda Werneck, da área de Ciências Biológicas e vinculada ao Inpa; José Toledo, também da área de Ciências Biológicas e vinculado à Universidade Federal do Amapá (Unifap); Joyce Silva, da área de Ciências Químicas e vinculada à Universidade Federal do Pará (UFPA); e Wuelton Monteiro, da área de Ciências da Saúde, com atuação profissional na Ufam, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e no Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Inovações científicas
O artigo do professor Gomes tem por finalidade estudar as superfícies de contato na esfera de dimensão três, subtema componente da área de Geometria diferencial, que correlaciona técnicas de Cálculo diferencial e da Álgebra linear para investigar problemas de caráter geométrico. Conforme constatação do docente, a partir do final do século XIX, a Geometria diferencial tornou-se uma vertente da Ciência matemática muito mais abrangente que o estudo das superfícies, por exemplo. “Essas equações calculam dimensões da hipótese de uma superfície estar se curvando”, detalhou. Outra pertinência do trabalho que ficou evidenciada foi a motivação que agregará a estudantes de graduação, por abordar um tipo de cálculo aplicado em diversos campos de atuação não acadêmicos. “A Geometria diferencial é aplicável à Nanotecnologia, Medicina, Física e algumas engenharias”, exemplificou o professor José Gomes.
As pesquisas são de diferentes áreas do conhecimento
Atualmente pesquisador da Fiocruz, Wuelton Monteiro foi professor do curso de Medicina da Ufam até 2013. A pesquisa dele identificou que o índice de performance do sistema de saúde da região Norte é inferior aos das demais regiões, o que afeta principalmente populações marginalizadas ou com poder aquisitivo baixo, quando atingidas pelas chamadas ‘doenças negligenciadas’.
De acordo com Monteiro, o envenenamento por cobras é uma das patologias mais frequentes e pode causar complicações locais ou sistêmicas, além de óbitos. “Complicações locais fazem com que o paciente perca a capacidade funcional no local afetado, e as sistêmicas podem desencadear infecções internas e distúrbios renais”, esclareceu. O pesquisador ressaltou ainda que a morte, nesses casos, está diretamente relacionada ao tempo hábil de atendimento e ao tipo de medicação aplicada. “Um caso tratado em menos de 6h tende a ter sucesso”, alertou.
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