Museu Amazônico realiza abertura da exposição fotográfica “Imigrantes haitianos no Brasil”
O evento possui entrada gratuita e ocorre até o dia 28 de outubro
diretora da Divisão de Documentação e Pesquisa do Museu, professora Kátia CoutoNa noite desta sexta-feira (9), foi realizada a inauguração da exposição fotográfica “Imigrantes haitianos no Brasil”, no Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), localizado na Rua Ramos Ferreira 1.036, Centro.
Organizado pela diretora da Divisão de Documentação e Pesquisa do Museu, professora Kátia Couto, e pelo professor Sidney Silva, do Departamento de Antropologia da UFAM, a exposição busca evidenciar por meio de fotografias os encontros e desencontros que a migração ocasiona nas pessoas. “Este é um testemunho do quanto o imigrante contribui para outra incursão cultural na cidade”, declara a professora.
Professora Kátia Couto e Smith DortA exposição foi feita com fotografias cedidas por instituições e servidores que atenderam imigrantes haitianos desde a migração para o Brasil, em 2010, quando um terremoto de magnitude 7 atingiu a capital do Haiti, Porto Príncipe.
Homenagem
Nas imagens cedidas, podemos observar a representação da amizade; dos ritos, como o casamento e batismo; a confraternização entre os imigrantes haitianos e a população manauara; e a solidariedade. “Essa é uma vertente pouco explorada, principalmente quando trata da mídia, sobre os imigrantes”, afirma a professora Kátia Couto.
“Quando eu adentrei a exposição eu me senti na minha casa, no Haiti”, relata Smith Dort, representante da comunidade Haitiana no evento. “Poder ver as fotos dos meus amigos e irmãos que também chegaram a Manaus, ou que estão em outras cidades como São Paulo e Porto Alegre, me deixou muito alegre.”, declara.
Importância
Para a estudante Juliana Vianna, 16, a exposição mostrou a chegada dos imigrantes haitianos no Brasil, com uma abordagem diferente da apresentada pela mídia. “Poder observar e compreender um pouco sobre a cultura do Haiti e como a vinda do estrangeiro para o Brasil, seja por mero turismo ou estadia permanente, pode alterar o nosso modo de ver a nossa própria cultura, tornando-a mais rica e com novos valores. Passamos a compreender como é necessário respeitar todas as pessoas, independente da religião, cor da pele, cultura ou idioma”, finaliza.