HUGV realiza Festa Junina na Sala Branca/Nefrologia
O Hospital Universitário Getúlio Vargas se despediu do mês de junho com um animado Arraial na Sala Branca da Nefrologia. Durante os dias 30 de junho e 1º de julho, os pacientes que fazem hemodiálise no HUGV tiveram momentos de descontração e alegria com a Festa Junina promovida pela Comissão de Humanização, Unidade do Sistema Urinário, Unidade de Reabilitação e Unidade de Atenção Psicossocial. Na programação, quadrilha junina do HUGV, pescaria, correio elegante, bingo e o concurso de Rainha/ Rei do Milho.
As atividades de humanização na Sala Branca foram iniciadas pela Unidade Psicossocial, com o acompanhamento dos pacientes, comemoração de datas festivas e aniversariantes do mês. O projeto de datas comemorativas foi implantado há 2 anos na Sala Branca, com o intuito de trazer benefícios aos pacientes para uma qualidade de vida melhor perante a situação da doença renal.
O apoio da equipe multiprofissional, tornou-se uma somatória de atributos para que o paciente, por meio do seu tratamento, venha a prolongar sua vida, restabelecendo harmonia, alegria e respeito, fazendo com que o paciente tenha convivência melhor em família e no grupo de diálise no qual passa 3 dias por semana em tratamento.
Reconhecimento
A ideia da festa junina surgiu da necessidade de diversificar as atividades e ocupar ao máximo o tempo que o paciente leva fazendo a hemodiálise: 4 horas. Durante o mês de junho eles foram envolvidos em todo o processo de produção do evento, em especial da decoração, com a confecçãoAntônio Jorge Rodrigues de Abreu, um dos pacientes que fazem hemodiálise no HU de bandeirinhas e enfeites para a Enfermaria (devidamente autorizado pela Comissão de Infecção Hospitalar). “O sucesso da festa pôde ser medido pela felicidade estampada no rosto de cada paciente. A festa foi a prova de que o projeto de humanização como um todo está dando certo, e influenciando positivamente o tratamento dos pacientes e o astral da equipe” afirma Karina Felix Xerfan, Presidente da Comissão de Humanização e idealizadora do projeto.
Ainda para Karina, a programação de eventos continua até o final do ano. “Faremos ao longo do ano vários eventos em datas comemorativas, e programamos para trabalhar os aspectos psicossociais, dentre eles a motivação, iniciativa e criatividade para ampliar a inserção de atividades para geração de renda, visto que muitos pacientes não possuem emprego formal.”
Para a gestora da Unidade do Sistema Urinário, Geyse Gleyse Oliveira, é nítida a melhora na qualidade de vida do paciente e indiretamente de seus familiares, tanto o emocional quanto fisicamente. “A nossa equipe vê o paciente como um todo, não só como um paciente de diálise, mas um paciente que precisa de atenção total como ser humano.”
Todas as atividades são planejadas para melhorar o ambiente da Sala Branca. Para a fisioterapeuta Alessandra Freixo Braga, “iniciativas como essa são bem importantes não apenas para o paciente, mas também para a sociabilização da equipe multiprofissional, composta por Médicos, Enfermeiros, Assistente Social, Técnicos de Enfermagem, Educador Físico, Psicólogo, Nutricionista e Terapeuta Ocupacional. É um dia de confraternização, um dia diferente em um ambiente que tem o costume de ser monótono, mas quando começamos com as atividades de humanização o perfil se modificou: a Sala Branca se tornou mais alegre para que o momento de hemodiálise seja mais confortável.”
A nefrologista Samantha, endossa os benefícios de atividades de humanização “Os nossos pacientes perceberam que os momentos que antes eram dolorosos e angustiantes, tornaram-se momentos de alegria, descontração, aprendizado e entrosamento com a equipe e com os colegas, assim refletindo na melhoria da qualidade de vida desses pacientes.”
Já para a nefrologista Ana Wanda, “a humanização na sala de hemodiálise é muito importante pois muitos pacientes não tem famílias ou vivem longes de suas casas, de sua cidade para realizarem o tratamento dialítico. Nós somos muitas vezes a única “família” que possuem. Compartilham conosco suas alegrias e tristezas. Transformar o dia da hemodiálise em um dia feliz, traz conforto para o paciente. E ele se sente valorizado e importante para nós”.
Para o paciente Antônio Jorge Rodrigues de Abreu, essas atividades são ótimas para passar o tempo. “É muito bacana pois as horas passam rápido, principalmente pra mim, que não consigo dormir. E passar 4 horas sem fazer nada é difícil.”
Fisioterapia Intradiálitica
No Brasil existem poucos hospitais que dispõe de fisioterapia intradiálitica, atividade de fundamental importância para a recuperação do paciente. Segundo a fisioterapeuta Jolaynne Sellen Prado Santos, a ideia começou objetivando aumentar a comunicação entre pacientes e profissionais da saúde, e no intuito de transformar o ambiente, considerado hostil, em um outro mais alegre, amistoso, interativo por meio de atividades lúdicas em grupo, somado aos benefícios da intervenção fisioterapêutica para esses pacientes, que são: diminuição da dor, redução de câimbras, ganho de movimento e de força muscular, melhora da capacidade cardiorrespiratória, dentre outros. A fisioterapia durante a hemodiálise é extremamente importante pois além de preencher o tempo ocioso, proporciona mais saúde, logo mais qualidade de vida. A intervenção multiprofissional tem se mostrado um grande sucesso tanto para os pacientes quanto para a equipe.