FCA promove simpósio sobre sustentabilidade em comunidades rurais do Amazonas

Entre os destaques da programação está o lançamento da rede virtual Poranga, às 15 h desta sexta-feira, 6, na Faculdade de Ciências Agrárias.

 Mesa de abertura do SimpósioMesa de abertura do SimpósioO I Simpósio de Organização Social e de mercado: sustentabilidade em comunidades rurais do Amazonas tem o objetivo de socializar os resultados de três anos de atividade da Ufam junto ao projeto Pró-rural, da Secretaria de Estado de Produção Rural. O encontro proporciona um espaço de diálogo entre os diversos sujeitos políticos, com base nas experiências das redes, espaços de comercialização e empreendimentos econômicos da agricultura familiar, nas questões organizacionais, nas concepções e práticas de acesso aos mercados.

Na cerimônia de abertura do evento, o diretor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), professor Néliton Marques, elogiou a iniciativa do Núcleo de Socioeconomia de promover a atividade. "Para a FCA, albergar mais esse evento reafirma seu compromisso enquanto unidade acadêmica e o Núcleo de Socioeconomia mais uma vez demonstra o quanto tem uma produção abrangente e indispensável para nossa região", afirmou o diretor da FCA.

 

Amazônia: bioma singular

Coordenador do Projeto Fortalecimento da Organização Social e identificação de mercados potenciais para a sustentabilidade econômica em comunidades rurais do Amazonas, o professor Antônio Carlos Witkoski destacou a singularidade do bioma amazônico para traçar perspectivas para o futuro da agricultura familiar na região. “O intelectual Darcy Ribeiro escreveu um livro chamado ‘A Universidade necessária’, um texto que fez Professor Antônio Carlos Witkoski  - Coordenador do Projeto Fortalecimento da Organização Social e identificação de mercados potenciais para a sustentabilidade econômica em comunidades rurais do Amazonas. Professor Antônio Carlos Witkoski - Coordenador do Projeto Fortalecimento da Organização Social e identificação de mercados potenciais para a sustentabilidade econômica em comunidades rurais do Amazonas. muito sucesso na época do lançamento e hoje anda meio esquecido. De uma certa maneira, esse simpósio tem a ver muito com essa ideia de Universidade que precisamos para o Estado do Amazonas, que é diferente de uma universidade gaúcha, que é diferente de uma universidade do nordeste, pois temos necessidades que são nossas, singulares, assim como outros lugares possuem outras singularidades. Esse projeto que foi aprovado numa parceria estratégica entre a Universidade Federal do Amazonas e um conjunto de instituições, foi partejado com muita dificuldade, pois tinha como pretensão ser um grande trabalho de extensão pensando na agricultura familiar do Amazonas, que é diferente de toda a agricultura familiar do restante do Brasil. A Amazônia, em geral, o Estado do Amazonas, em particular, tem uma agricultura de várzea. A bacia amazônica é uma das mais significativas do planeta, de uma riqueza ictiofaunística impressionante. Temos que entender essa singularidade do bioma amazônico para desenvolver uma agricultura familiar e traçar perspectivas de futuro”, declarou o pesquisador.

A coordenadora do evento, professora Terezinha Fraxe, anunciou que além dos resultados apresentados no simpósio haverá o lançando uma rede de comercialização da produção familiar, denominada Rede Poranga, que será oficializada na tarde desta sexta-feira, 6, às três da tarde. “Todas as nossas atividades ao logo desses três anos constarão no relatório que será entregue à Fapeam e, consequentemente, aos governantes, que poderão traçar políticas públicas a partir de nossas pesquisas. Entre as atividades desenvolvidas está a implementação da Rede Poranga, que será uma rede virtual para divulgação de produção familiar como hortaliças e artesanato”, divulgou ela.

Acesso ao mercado

Produtor familiar José Cristo de Oliveira terá produto disponibilizado na Rede PorangaProdutor familiar José Cristo de Oliveira terá produto disponibilizado na Rede PorangaJosé Cristo de Oliveira é um dos agricultores familiares que terá seu produto disponibilizado na Rede Poranga. Ele tem esperança de que a Rede intensifique a circulação do guaraná nativo que ele produz na região do Urupadi, em Maués.  “Trabalhamos seis horas por dia com o guaraná nativo e queremos colocá-lo em circulação no mercado. Espero que a Rede Poranga possa dinamizar essa disponibilização para os consumidores e que as empresas nos procurem. Nosso produto é de excelente qualidade e estamos confiantes de que ele será bem aceito pelos consumidores", afirmou o produtor.

A solenidade de abertura foi seguida da mesa redonda "Extensão rural: experiências das linhas finalísticas do programa estratégico de transferência de Tecnologias para o setor rural", mediada pela professora Kátia Cavalcante. Participaram da mesa-redonda o professor Gilmar Antônio Meneghetti, que pesquisa a área de fruticultura; o pesquisador da Embrapa Everton Cordeiro, que trabalha a área de produção de borracha e o professor do IFAM Aildo da Silva Gama, da área de horticultura.

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