O Centro Acadêmico de Biologia (CABio) e o PET Biologia realizaram na tarde quarta-feira (10) a palestra `Comunidades vegetais de áreas de degelo da Antártica´. O tema foi exposto pelo membro do Núcleo de Estudos da Vegetação Antártica (NEVA), da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Rio Grande do Sul, o biólogo Rodrigo Paidano Alves, no auditório Professor Paulo Bürhnheim, setor sul do Campus da Ufam. 

O biólogo da Unipampa trouxe para os professores e alunos da Ufam, em especial do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), uma série de informações pouco conhecidas pela maioria dos pesquisadores sobre a constituição geológica e biológica da Antártica.

A palestra também foi uma forma de divulgar como tem sido feita uma ciência de qualidade pelos pesquisadores brasileiros presentes na Antártica, que precisam vencer as condições mais adversas possíveis para estudar em um continente considerado pela comunidade científica internacional como o mais inóspito do planeta, uma vez que durante todo ano, cerca de 98% do território permanece congelado. Mesmo nesse cenário, a Antártica guarda uma grande diversidade biológica. Rodrigo Paidano recebe premiação em um evento. Foto: arquivo NEVA 

Rodrigo Paidano disse que estudar a Antártica é muito importante, sobretudo para entender melhor a climatologia do nosso planeta e quais têm sido os efeitos do aquecimento global sobre esse ecossistema. “São diversos grupos internacionais trabalhando conjuntamente na Antártica e que há uma rede de instituições brasileiras dando suporte a todo esse trabalho. Uma nova estação de pesquisa brasileira será construída no local, com início previsto para este mês", ressalta Rodrigo.

Sobre o NEVA

O Núcleo de Estudos da Vegetação Antártica da Unipampa desenvolve atividades de pesquisa que possibilitem reunir dados acerca da complexidade da diversidade biológica terrestre da Antártica, e associar esta com as mudanças ambientais.

Desde 2010 a Unipampa conta com uma equipe de pesquisadores que participa de expedições antárticas (OperAntar), realizando atividades de campo e laboratório no âmbito do Módulo 2 “Efeito das Mudanças globais nos ecossistemas de áreas de degelo” vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártica de Pesquisas Ambientais (INCT-APA).