Presépio da FCA inova em criatividade e sustentabilidade
Originalidade amazônica é marca do presépio elaborado pelos alunos dos Programas de Educação Tutorial (Pets) de Agronomia, Engenharia Florestal e de Pesca, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) que traz toda uma simbologia em homenagem aos festejos natalinos. Sob a coordenação geral do professor Ari Hidalgo, o presépio inova em criatividade e sustentabilidade que traz este ano um flutuante com todos os elementos natalinos adequados a realidade amazônica.
O professor Ari Hidalgo disse que, a intenção é experimentar os materiais de forma didática. O conhecimento da flora e fauna amazônica, o uso racional de material, como também, o fomento a criatividade, a inovação, adaptação e reaproveitamento de materiais foram itens importantes. Segundo ele, a elaboração foi custo zero, em que foram aproveitados pregos, papelões, madeiras e colas reutilizados. O aproveitamento de madeira de buriti, bambu, inajá e outros elementos nativos foram incorporados para que os mesmos atentassem para o uso sustentável desses materiais, disse.
O professor conta que, inicialmente, eram elaborados pequenos presépios, entretanto, no ano de 2013, surgiu a ideia de construir a partir de temas regionais, em que a Casa de Farinha fora o centro de conexão com todo o Universo Amazônico. “A partir de uma votação, este ano, decidiu-se a criação de um cenário que constituísse o universo ribeirinho. O flutuante foi o tema deste ano”, disse o professor Ari
Ele descreve que no entorno do presépio, a água como elemento vital compõe alguns animais para prestar homenagens e adoração ao nascimento de Menino Jesus, como: o jacaré, a tartaruga, o jabuti, a ariranha, tatu, dentre outros da fauna amazônica. Ari Hidalgo explica que adequação da temática se torna importante, no momento em que nós passamos por esse processo de aculturação existente em nossa região.“As pessoas reproduzem uma realidade em que não fazemos parte, as quais são conduzidas a não refletir imprimindo um pensamento surreal como a neve e as indumentárias européias. É uma realidade que não tem a ver conosco. O que nós temos aqui é a floresta, água e os animais amazônicos, relata.
“Então, a ideia foi usar o conceito do presépio de acordo com a realidade Amazônica. Se Jesus nascesse aqui não nasceria naquelas condições apresentadas numa manjedoura, mas numa rede regional. Os reis magos chegariam numa canoa para adoração. O pescador traria para a ceia, os peixes regionais como oferta e adoração. Os animais não seriam carneirinhos ou ovelhas, mas jacarés, tartarugas e outros. Nesse sentido, executamos o presépio com o conteúdo cristão sem ofender nenhuma religião ou crença, mas adequando ao contexto amazônico a uma história mundial”, completa.
Os professores Ari Hidalgo, Norma Bustamante e Flávia Souza são tutores dos pets de Agronomia, Engenharia Florestal e de Pesca, respectivamente.
Opinião
O estudante do 4º período do Curso de Agronomia, Vitor Pereira Neves, 18, acredita que, é outra forma de representar o natal de acordo com a nossa realidade. Estou fazendo alguns ajustes, mas há um mês estamos elaborando e confeccionando todos os elementos para que no final possamos ter um presépio com significados anunciando as boas novas para as comunidades cristãs, finaliza.