Com a previsão do nascimento de mais de 350 mil filhotes até o final de 2015, o Projeto Pé-de-Pincha protege 17.721 ninhos de quelônios espalhados em comunidades amazônicas que recebem apoio do projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Segundo o coordenador Paulo Andrade, foram contabilizados, até o momento, a proteção de 17721 ninhos de quelônios nas comunidades que contam com o apoio do projeto, o que deverá resultar no nascimento de mais de 350 mil filhotes até o final de 2015. Em Terra Santa, no Pará (onde iniciou o projeto), esse ano houve um recorde na postura de tartarugas da Amazônia, sendo que o trabalho dos comunitários foi acompanhado por acadêmicos dos cursos de Agronomia e de Biologia da UFAM, que monitoraram mais de 1006 ninhos.

Esse aumento no número de ninhos de tartarugas aconteceu também nos outros municípios do Médio Amazonas onde o projeto atua como em Barreirinha, onde foram protegidos 2.652 ninhos. No Médio Juruá, onde o projeto atua em parceria com o Departamento Estadual de Unidades de Conservação (DEMUC/SEMA) e o ICMBio, foram protegidos 12970 ninhos.

Para Paulo Andrade, com a chegada das chuvas e a subida das águas do rio Negro marcando o início do período de enchente, começa também a temporada do nascimento dos filhotes de tracajás, tartarugas e iaçás dos ninhos protegidos pelas comunidades que participam do Projeto Pé-de-pincha na Amazônia. Esse ano, a região teve uma vazante muito lenta e um período de seca muito rápido, mas mesmo assim as comunidades conseguiram se organizar e proteger os ninhos dos quelônios, comenta.

O Programa Manejo Comunitário de Quelônios, também conhecido como Pé-de-pincha, é um Programa Institucional de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), criado em 1999 e que atua junto a 118 comunidades no Amazonas e Oeste do Pará. Tem o patrocínio da Petrobras através de seus programas socioambientais.