PROPESP realiza aula inaugural dos programas de pós-graduação

Palestrante falou a alunos e professores de pós-graduaçãoPalestrante falou a alunos e professores de pós-graduaçãoNa tarde desta segunda-feira (19), o Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais, recebeu alunos e professores de diversos programas de pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que assistiram à palestra “Cenário da Produção da Ciência Contemporânea: Vamos precisar de todo mundo!”, ministrada pela professora Dra. Maria Luiza Cardinale Baptista.
 
Na palestra, a professora falou sobre os cenários da produção da ciência contemporânea, sinalizando esse cenário como sendo de grande mutação. “Até me lembro de um poema de Maiakóvski, que se chama ‘Então, o que quereis?’. Nesse poema, ele fala do rugir das tempestades. Me parece que nós estamos não só nas produções científicas, mas também nas produções da vida, no rugir das tempestades”, pondera.
 
Segundo Maria Luiza, é preciso se acomodar entre a caosmose, que é a junção entre o caos, o cosmo e a osmose, e a engrenagem maquínica, que, de acordo com ela, é uma máquina produtiva que vai engolindo a todos. “Todos os que estão envolvidos na pós-graduação está envolto nessa engrenagem maquínica, querendo ou não”, afirma.
 
Amorosidade e afetividade
 
Para a professora, a amorosidade é mais do que um conceito básico. “É a única possibilidade para trabalhar. Só afetivando, respeitando o outro com as suas características e construindo relações éticas, nós conseguimos acionar uma produção não por obrigação, mas sim pelo fato de que juntos, nós podemos fazer isso”.
 
Citando o teórico Lev Vygotsky, a professora Cardinale afirma que na região que aproxima o aluno e o orientador, é preciso estabelecer uma relação de confiança. “A amorosidade nos orienta nesse sentido, na construção dessa relação. Se você confia em mim como estudante, eu posso te chamar, te dizer algo que precisa ser melhorado, já que você sabe que eu estou fazendo isso com amor. Se nós conseguimos isso, conseguimos alavancar qualquer situação”, ressalta.
 
Na sua visão, a pesquisa tem a mesma ideia de investigação. “Investigação tem o sentido de investir em algo. Esse investimento que alguém que vem para a pós-graduação faz é um investimento de vida, de tempo, de esperança, de alegria, de tempo com a família, de outras coisas que deixa de fazer. A pós-graduação é um investimento de um projeto de vida. Essa ideia também precisa ser de esperança e de comprometimento. Esperança, força, comprometimento e amorosidade na investigação devem ser essenciais para o pós-graduando”, conclui a professora.
 
Expectativas
 
Para o professor Dr. Gilson Monteiro, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFAM, as expectativas para o ano na pós-graduação são as melhores possíveis. “Nós teremos o programa ‘Vamos Publicar’, que incentivará os pós-graduandos a publicarem suas pesquisas em revistas científicas. Esperamos que essa ideia fique, não só como uma exigência, mas que seja permanente, que seja feita com uma necessidade nossa de mostrar para o mundo o que fazemos”, afirma.
 
“Acima de tudo, nossa maior expectativa é que os alunos que já estão concluindo seus cursos de mestrado e doutorado publiquem seus artigos e pesquisas em revistas científicas. Dessa forma, nós vamos poder, além de mostrar pra todos o que fazemos, ter uma chance de elevar as nossas notas de avaliação. É o que pretendemos fazer nesses últimos meses do ano e também no ano que vem”, completa o pró-reitor.
 
A palestrante
 
A professora Maria Luiza Cardinale Baptista é doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Atua como docente e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade da Universidade de Caxias do Sul (UCS), e é professora visitante do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (PPGCCOM/UFAM).
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