'Etnografia Sateré-Mawé: Sahu-Apé, Turismo e Cultura' é lançado no Museu Amazônico

O pesquisador e autor do livro e orientadora, professora Maria Helena OrtolanO pesquisador e autor do livro e orientadora, professora Maria Helena Ortolan

O Museu Amazônico da UFAM sediou na noite da última quarta-feia, 29, o lançamento do livro 'Etnografia Sateré-Mawé: Sahu-Apé, Turismo e Cultura', do pesquisador antropólogo Luciano Cardenes, egresso do curso de mestrado em Antropologia Social da Universidade e atualmente, doutorando em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (SP)da Unicamp (SP). 

O livro foi publicado pelo programa Biblos, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) , por meio da Editora Valer. A obra o autor utiliza a etonografia a principal ferramenta para abordar os relatos sobre a memória, a organização social, as formas de sociabilidade e o turismo desenvolvido pelos sateré-mawé, da comunidade de Sahu-Apé. Essa comunidade está localizada na Vila Ariaú, município de Iranduba, região metropolitana de Manaus.

Dividido em quatro capítulos, o pesquisador busca, inicialmente, visualizar o turismo de forma mais global, a partir de sua ocorrência na Amazônia legal.  

A representante da Livraria Valer, professora Neiza Teixeira, disse que é um esforço conjunto entre os pesquisadores e editoras de que conhecimento na Amazônia seja disseminado. 

"Nós estamos retomando a implementação de novos projetos para ampliar a gama de publicações concernentes à região. Para nós, é de grande valia quando recebemos títulos que focam no aclaramento da nossa população quanto às nossas riquezas culturais", salientou.

A professora e antropóloga Maria Helena Ortolan, diretora do Museu Amazônico, orientadora de mestrado do pesquisador, também falou ao público durante o lançamento. 

"O Luciano foi meu primeiro aluno do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), quando vislumbramos consolidar a pesquisa no campo antropológico, lá nos idos de 2008. Hoje, ele é doutorando também na mesma casa pela qual passei, a Unicamp", resgatou. 

Sobre o livro, a professora disse que a obra do pesquisador visa colocar o sateré num prisma contemporâneo, abordando a gestão territorial e políticas indígenas no hoje e no futuro. 

"É uma discussão atual, pondo em pauta o projeto indígena em que a interlocução do Luciano se deu com a família que deixou a aldeia e veio para a capital, um relato de migração. Nesse caminho, Sahu-Apé, a comunidade em questão, é uma das referências no que tange a objeto de pesquisa de vários pesquisadores, de diversas áreas", salientou. 

Por fim, o pesquisador Luciano Cardenes se pronunciou, agradeceu aos presentes e falou sobre seu livro. 

"A minha contribuição é para a manutenção da memória dos sateré. Eu estive muito próximo deles e foi um encontro que me comoveu e me deixou bastante tocado. Também produzi o livro sob o aspecto de sensibilizar, propor a defesa do território e sua cultura. Acredito que podemos ver os sateré viver, produzir e reproduzir sua cultura", observou.

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