NortePet 2015 discute perspectivas e desafios para o campo da educação tutorial
Mesa de abertura do eventoEntre os dias 24 e 25 de junho de 2015, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) recebe a segunda edição do Encontro Norte de Grupos PET (sigla para Programa de Educação Tutorial). A abertura do evento, ocorrida na tarde da última quarta-feira (24), aconteceu no auditório Samaúma, localizado na Faculdade de Ciências Agrárias da UFAM, situada no Setor Sul do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, em Manaus.
A abertura do evento contou com a presença da Reitora da UFAM, professora Márcia Perales; do Vice-Reitor, professor Hedinaldo Lima; dos pró-reitores de Ensino de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e Extensão, professores Lucídio Santos, Nelson Noronha, Gilson Monteiro e Frederico Arruda, respectivamente; e do professor Francisco Hara, diretor do Departamento de Programas Acadêmicos da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (DPA/PROEG).
Durante a abertura, os pró-reitores falaram da necessidade e da importância dos Programas de Educação Tutorial (PET) para a UFAM e a sua relevância para a sociedade. “Por meio da experiência dentro de um programa de educação tutorial, o graduando pode se formar e, querendo seguir uma carreira acadêmica, de docência, ele chega muito mais maduro à pós-graduação”, ressaltou o professor Frederico Arruda, da Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT).
Já na visão do professor Lucídio Santos, titular da PROEG, reafirmou a necessidade de buscar uma ressignificação para o ensino e a prática dentro dos PETs. “Nós precisamos também buscar garantias para a continuidade, aprimoramento e ampliação deste programa, que é uma excelência dentro das universidades brasileiras, além de aumentar as condições para que os alunos tenham o máximo desempenho acadêmico”.
Para a Reitora, professora Márcia Perales, a singularidade da UFAM é o que permite a possibilidade de elencar os pontos positivos da experiência dos PETs na Universidade. “Nós precisamos potencializar tudo o que une os programas de educação tutorial, porque eles permitem que os professores e alunos tenham uma visão ampla e integrada do mundo. É um desafio grande, mas que vale à pena”, afirma.
Conferência de abertura
A conferência de abertura foi proferida pelo professor Dr. Walmir de Albuquerque Barbosa, ex-reitor da UFAM e professor doProfessor Dr. Walmir de Albuquerque Barbosa, ex-reitor da UFAM Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA). Na condição de primeiro tutor do primeiro PET do Brasil, o de Comunicação Social da UFAM (PETCOM), o professor definiu os petianos do século XXI como “portadores de esperança”. “Estes tutorados são novos faróis, porque representam o bom serviço que o Programa de Educação Tutorial presta ao Ensino Superior público do país”, afirmou.
O professor também ressaltou o fato de que a maioria dos seus ex-tutorados estão agora seguindo carreiras de sucesso, tanto na docência como no mercado. “Todo o sucesso deles aconteceu graças à experiência deles no PET. Por exemplo, as professoras Mirna Feitoza e Ítala Clay, do Departamento de Comunicação Social. As duas foram petianas e hoje, estão em posições altas. Mirna, hoje, é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) e a Ítala está na diretoria da TV UFAM. Pra mim, é um motivo de grande satisfação ver tudo isso acontecendo”.
Sobre o futuro do programa, Barbosa ressaltou que o crescimento dele na Universidade será cada vez maior. “Atualmente, nós temos 16 grupos PET dentro da UFAM. A tendência é que haja uma ampliação. Sei que nós não teremos para sempre o PET, e que pode até surgir uma nova iniciativa que seja ainda melhor que o PET. Mas por enquanto, o PET fica como a melhor alternativa e a melhor saída para o exercício prático do ensino, da pesquisa e da extensão dentro da Universidade Federal do Amazonas.”
Mesa-redonda com egressos dos PETs
Mesa-redonda com egressos do PET. Da esquerda para a direita: prof. Maurício Brilhante, profa. Marne Vasconcellos, profa. Cinthya Iamile, e prof. Adenildo SouzaAs programações do primeiro dia de evento terminaram com uma mesa-redonda composta por ex-membros de três PETs da UFAM, que hoje são professores da Universidade: professora Dra. Marne Vasconcellos, egressa do PET-Farmácia e hoje tutora do grupo; professor Esp. Adenildo Souza, egresso do PET-Conexões Indígenas e professor da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF); e o professor Dr. Maurício Brilhante, egresso do PET-Administração. A discussão foi mediada pela professora Cinthya Iamile, tutora do PET-Medicina.
A professora Marne falou da importância que o PET teve na sua vida pré-docência. “Eu colei grau no dia 8 de fevereiro de 2002. No dia 28, eu já estava em Fortaleza, para fazer a seleção do mestrado. Consegui ser aprovada graças aos conhecimentos que adquiri dentro do Programa.”
O professor Adenildo também mencionou a importância do PET-Conexões Indígenas na sua vida. “Dentro do PET, eu fiz vários trabalhos para a Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC-AM) e pra Universidade Federal de Roraima (UFRR). O programa me deu um preparo para a vida profissional e pessoal. Tanto é que a minha esposa eu conheci quando era ainda membro do Programa!”
Já para o professor Maurício, a época de PET foi a mais prazerosa possível. Ele conta que na época, os estudantes eram muito seduzidos para trabalhar em empresas privadas. “Dentro do PET, nós fazíamos grupos de estudos para os alunos do curso, além de fazer uma interação cada vez maior com pessoas de outras áreas. Isso, com certeza, ajudou muito na minha vida profissional”.
A estudante Tallita Machado, do 9° período do curso de Farmácia, já é integrante do PET-Farmácia há dois anos. Ela afirma Alunos e tutora do PET-Farmáciaque entrou no PET para fortalecer a sua atuação no ensino, na pesquisa e extensão. “Eu tinha medo de fazer pesquisa e extensão, mas com o tempo, isso foi passando, e tive uma nova visão dessas áreas, junto com o ensino, para a minha carreira profissional”, conta.
“Quando a gente participa do PET, a gente agrega muita coisa para a nossa carreira. Hoje, eu já consigo fazer projetos de pesquisa com uma certa autonomia, sem dificuldades para chegar ao objetivo que o orientador estipula e sem dificuldades para criar uma visão crítica pra mim. Na extensão, eu consigo fazer melhor ainda, porque esse é o nosso retorno para a população. Nada mais justo do que nos esforçarmos para isso”, finalizou a estudante.