Protec promove segundo dia de apresentações do Curso Conhecimentos tradicionais

Discutir os diferentes conhecimentos e orientar para uma abordagem conceitual e operacional dos conhecimentos tradicionais é o que visa o “Curso de Conhecimentos Tradicionais no Tempo da Globalização”, promovido pela Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica (Protec). O curso acontece no auditório da Faculdade de Direito (FD) com término nesta quinta-feira (14), no período matutino.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        

Ministrado pelos professores Lino João Oliveira Neves, Maurízio Fraboni e Higino Tenório Pimentel, o curso apresenta o segundo tema ‘Sociedade Plurais – conhecimentos plurais´ que tem como conteúdos os conhecimentos tradicionais e científicos, diferentes povos, diferentes sistemas culturais de produção de conhecimento e diferentes epistemologias, como também Encontro de saberes: ecologia de saberes, entre-saberes e interculturalidade.

Para o Diretor do Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e coordenador do curso pela Protec, Raimundo Felipe Filho, inicialmente, o curso surgiu com a ideia do conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético. Entretanto, com já havia um trabalho focado sobre Saberes Tradicionais desenvolvido ano passado, houve a necessidade de continuidade mas com foco apenas em conhecimento tradicional, visando formar competência para continuar o discurso do conhecimento tradicional frente à globalização.

O curso que reúne um público de mais de cem pessoas é formado em sua  maioria por professores, alunos,  servidores da Ufam e também composto por pesquisadores e interessados pela temática. “A interferência de outras culturas no contexto das sociedades tradicionais acarreta uma série de problema que deve ser questionados. Essas discussões permitem um diálogo entre o conhecimento cientifico e o conhecimento tradicional”, comenta Raimundo Filho.

Ele destaca o índio e professor Higino Tenório Pimentel que traz experiências vivenciadas em varias comunidades indígenas.   

Sobre os palestrantes:

Professor Maurízio Fraboni, doutor em Socioeconomia do Desenvolvimento pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, França, com Diploma de Estudos Avançados (DEA), em Sociologia. Pós-Graduação em Ciências Políticas na Universidade dos Estudos em Milão, Itália. Consultor e assessor pela Associação de Consultoria e Pesquisa Indianista da Amazônia (Acopiama), do Projeto Integrado de Etnodesenvolvimento do Povo Sateré-Mawé (PIESM), gerenciado pelo Conselho Geral da Tribo Satweré-Mawé (CGTSM). Atua nas temáticas: etnodesenvolvimento, ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável, sociobiodiversidade, economia solidária, economia criativa e mesoeconomia, movimentos sócio-culturais, políticas educacionais e epistemologias indígenas.   

Professor Lino João Oliveira Neves, do departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), coordenador do projeto: Saberes Amazônicos no Observatório Estadual de Economia Criativa do Amazonas. Doutor em Sociologia pela Universidade de Coimbra, mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Especialista em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Política, atuando principalmente nas seguintes temáticas: Etnologia indígena, indigenismo, relações interétnicas, Estado-nação e povos indígenas, movimento indígena, lutas etnopolíticas, políticas indígenas e indigenista no Brasil e na América Latina, povos indígenas na Amazônia, índios Kanamari, demarcação de terras indígenas, etnoconhecimento, educação indígena e institucionalização das realidades indígenas.

Professor Higino Tenório Pimentel - há vinte anos  professor indígena da Secretaria Municipal de São Gabriel da Cachoeira (AM). Um dos criadores da Escola Indígena diferenciada Tuyuka Utapinoponã, de Ensino Fundamental e Médio. Assessor para educação da Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro (FOIRN) e um dos principais sabedores e lideranças indígenas do Alto Rio Negro. Participa como Assessor da Expedição Anaconda – projeto Mapeo de Cartografia Cultural do noroeste Amazônico.

Os três palestrantes atuam na Licenciatura Indígena em Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável da Ufam.   

   

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