Protec realiza abertura de curso
Professor Lino João
A Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica realizou nesta manhã de terça-feira, a abertura do “Curso de Conhecimentos Tradicionais no Tempo da Globalização”, no auditório da Faculdade de Direito. O Curso ocorre durante três dias (12, 13 e 14) e será ministrado pelos professores Lino João Oliveira Neves, Maurízio Fraboni e Higino Tenório Pimentel.
A solenidade de abertura contou com a apresentação dos três palestrantes, que atuam na Licenciatura Indígena em políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável da Ufam, que expuseram aos participantes o conteúdo que irão trabalhar durante os três dias do curso.
O Conhecimento tradicional no tempo da Globalização, Sociedades plurais-conhecimentos plurais e Crise e soluções na transmissão do conhecimento tradicional serão os temas abordados durante o curso. O objetivo é a discussão dos diferentes conhecimentos e orientar uma abordagem conceitual e operacional dos conhecimentos tradicionais. Existem diversos povos no planeta que reproduzem diversos espaços e suas culturas diferentes.
O professor Lino João Oliveira Neves destacou as várias formas de conhecimento de povos tradicionais no mundo inteiro. “É um curso de iniciativa da Protec e nasceu de um projeto que coordenei no ano passado chamado ‘Saberes Amazônicos conhecimentos tradicionais e inovação tecnológica’. Fomos convidados para ministrar esse curso com o objetivo de atualizar os servidores da Ufam de uma nova concepção do que são os conhecimentos tradicionais. A ideia é mostrar que além do conhecimento científico, que rege e orienta nossa vida na sociedade moderna, existe uma série de outros conhecimentos produzidos pelos povos tradicionais. Toda sociedade tem um conjunto de saberes que a fundamenta. O conhecimento tradicional constrói sua forma de explicação dos fenômenos naturais e sociais”, afirmou Lino João.
“A questão fundamental é como o conhecimento tradicional pode ser legitimado. O conhecimento tradicional não temMaurízio Fraboni somente um valor cultural, mas há um valor material ligado à cultura. Os europeus compram guaraná dos Sateré-Mawé para aprenderem novos conhecimentos. O modelo de conhecimento dessa etnia envolve o uso do guaraná. Não é o produto em si que é comprado, mas o conhecimento agregado”, disse Maurízio Fraboni.
A estudante de Letras da Universidade do Estado do Amazonas, Otacilene dos Santos Rodrigues, disse que é importante a sua participação no curso para ampliar o conhecimento. “Um amigo me informou do curso e me inscrevi. Sou da etnia Sateré-Mawé e estou aqui para participar do curso e ampliar o conhecimento. A produção cultural dos povos tradicionais tem regredido e quando ocorre eventos deste tipo é importante para despertar o valor que os povos têm”, explicou a estudante.