Aula inaugural dos Programas de Pós-Graduação aborda "Mestrado Profissional e seus Desafios"
Palestra foi realizada no auditório da Faculdade de Direito
A Universidade Federal do Amazonas conta, a partir deste ano, com dois Mestrados Profissionais. Além do curso de Engenharia de Produção, é o curso de Medicina que terá, em seu escopo no PPG, as características de um mestrado profissionalizante. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, durante a Aula Inaugural do primeiro semestre dos Programas de Pós-Graduação. Agora, além dos 30 cursos de Mestrados Acadêmicos, 12 cursos de Doutorado, são dois Mestrados Profissionalizantes.
A Aula Inaugural aconteceu no auditório da Faculdade de Direito (FD) e reuniu alunos e coordenadores de PPGs e acadêmicos de graduação. À mesa de abertura estiveram presentes o reitor em exercício, professor Hedinaldo Narciso Lima, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professor Gilson Monteiro, o diretor do Acompanhamento e Avaliação da Pós-Graduação, professor Afonso Duarte Leão de Souza, a diretora do Departamento de Programas Institucionais da Propesp, Cristiane Bonfim Fernandez e a palestrante da Aula Inaugural, professora da Universidade de São Paulo, Lydia Masako.
O reitor em exercício, professor Hedinaldo Narciso Lima agradeceu a disponibilidade da palestrante de contribuir com a Ufam no sentido de esclarecer sobre o Mestrado Profissionalizante e falou da relevância do tema. "Esse é um momento em que estamos iniciando as nossas atividades junto aqueles que estão iniciando suas atividades, uns na graduação, outros, na pós-graduação, mas que já passaram pela graduação". E sob essa ótica, a da pós-graduação, somos jovens e temos muitos desafios, em especial em se tratando de uma resposta efetiva dos conceitos dos cursos, afinal são eles que fazem a produção científica e não a tendo, não conseguimos avançar tão rápido como gostaríamos. Então contamos com o empenho e dedicação de todos", afirmou.
O pró-reitor disse que o tema da palestra é de extrema importância, porque aborda uma modalidade que já existe no Brasil há 25 anos e na Universidade, até então, só existia um. Para ele, a implementação de demais cursos de Mestrado Profissional como parte do processo de formação que as pessoas podem ter. "Temos muitos cursos de pós-graduação na Ufam, que o público deveria ser de um Mestrado Profissional e é de um Acadêmico", disse, afirmando que é preciso desmistificar a modalidade.
O pró-reitor reiterou, ainda, que a professora da USP foi, inclusive, mencionada pelo gestor da Propesp, Gilson Monteiro, como sendo uma das grandes responsáveis pela concretização do segundo Mestrado Profissional da UFAM. "O escopo do projeto deste curso de strictu senso é de um profissional, pensado para atender às demandas do mercado e que servirá, também, para estreitar as relações com o próprio mercado. É a modalidade do futuro", disse.
Por fim, a diretora do Departamento de Programas Institucionais da Propesp, Cristiane Bonfim Fernandez, deu as boas vindas aos presentes e disse que a jornada está apenas começando. "Torço para que vocês possam estar produzindo, dialogando e socializando as suas produções", disse.
A origem do Mestrado Profissional - Segundo a palestrante foram os alunos de Ciência e Tecnologia que fizeram com que surgisse o Mestrado Profissional, fazendo cooperação de saberes, em 1996.
A palestrante compôs a mesa junto com o reitor (e)
Três décadas após a promulgação do Parecer 977, a CAPES emite a Portaria nº 80, de 1998, onde dispõe sobre o reconhecimento dos mestrados profissionais. Este documento, base da legislação atual, traz orientações concernentes aos requisitos e condições de enquadramento das propostas de mestrado profissional nas instituições brasileiras e mais recentemente, Mais recentemente, em dezembro de 2009, a CAPES apresentou a Portaria Normativa nº 17 onde, ratificando o valor e a importância do Mestrado Profissional, esclarece dúvidas sobre a sua validade e, em seu artigo. 5º, estabelece que os cursos de Mestrado Profissional poderão ser propostos por universidades, instituições de ensino e centros de pesquisa, públicos e privados, inclusive em forma de consórcio, atendendo necessária e obrigatoriamente aos requisitos de qualidade fixados pela CAPES e, em particular, demonstrando experiência na prática do ensino e da pesquisa aplicada. ”
Além do mais, informa que a oferta de cursos com vistas à formação no Mestrado Profissional terá como ênfase os princípios de aplicabilidade técnica, flexibilidade operacional e organicidade do conhecimento técnico-científico, visando o treinamento de pessoal pela exposição dos alunos aos processos da utilização aplicada dos conhecimentos e o exercício da inovação, visando a valorização da experiência profissional.
"O Mestrado Acadêmico forma recursos humanos para professores e pesquisadores e o Mestrado Profissional tem como objetivo principal forma, também recursos humanos, mas principalmente, resultados, visa aplicações práticas do dia a dia", explicou.