Design emocional aplicado em ambiente infantil pode recuperar pacientes com câncer
O mundo mágico de cores e formas para o público infantil desperta o imaginário cognitivo da criança. Pensando na adequação desse ambiente para pacientes infantis, a finalista do curso de Design, Ana Olívia Batista Mendes, se propôs a desenvolver um projeto de Design Emocional no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para melhor recuperação de paciente infantil no Hospital de Câncer de Manaus. Intitulada `Design Emocional: uma proposta de intervenção humanização no setor pediátrico do Hospital de Câncer de Manaus`, a defesa ocorreu nesta sexta-feira (27), no auditório Rio Jutaí, da Faculdade de Tecnologia (FT).
O trabalho de pesquisa teve como objetivo propor uma intervenção humanizada na ala pediátrica do Hospital de Câncer de Manaus, a partir de estudos e análises referentes à conforto e entretenimento para as crianças em tratamento que lá se encontram. O estudo de Ana Mendes se consolidou após análise dos ambientes para recuperação de pacientes com câncer naquele Hospital, onde foi constatado que o tratamento para os pacientes tanto o infantil quanto o adulto, é o mesmo sem ater a parte emocional da criança.
A necessidade de humanizar objetos e coisas vem de um conceito que começa a ser amplamente difundido no meio em que vivemos: o design emocional. A pesquisadora disse que utilizou o conceito `Brincadeira´, considerando que existe um universo de coisas que remetem a isso visualizado no contexto infantil, indo de objetos instalados nas paredes até moveis adequados para possibilitar a interação e a humanização do ambiente.
Papel de parede destinado à pintura e móveis interativos, como puff no formato de quebra cabeça, são alguns exemplos do projeto de humanização. Técnicas ergonômicas correspondentes a faixa etária entre 1 a 12 anos e a utilização de cores primárias foram os recursos empregados para tornar o ambiente mais divertido, comenta Ana Mendes.
De acordo com ela, os métodos dos designs emocional, sensorial e thing foram aplicados para desenvolver o trabalho. Este último, segundo ela, apresenta três etapas: entrevista aprofundadas junto aos pacientes, esboço de conceito (criatividade) e rendering. A pesquisa teve apoio do `Instituto Alguem´ do Centro de Controle e Oncologia do Amazonas (Cecon).
`Um das minhas motivações para desenvolver o trabalho, foi pensar que o Design pode contribuir no tratamento de uma doença tão seria como o câncer. Acredito que se a minha pesquisa se for implementada melhorará o setor hospitalar de Manaus´, completa a finalista Ana Mendes.
Sob a orientação da professora do Departamento de Design, Germana Duarte, a pesquisa teve um ano de investigação. Os professores Helder Amorim e Gean Flávio Araújo Lima fizeram para da Banca Examinadora.