Interface entre Geografia & Saúde no contexto global é discutida na abertura do V CIGEOS

Parceiros participaram da abertura do eventoParceiros participaram da abertura do eventoA abertura oficial do V Congresso Internacional de Geografia da Saúde ocorreu na tarde desta segunda-feira (24), no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais. Para discutir o tema ‘Ambientes e Sujeitos Sociais no Mundo Globalizado’, a UFAM recebeu a professora Ana Paula Santana, doutora em Geografia Humana e catedrática da Universidade de Coimbra, cuja produção é mundialmente conhecida por aproximar os temas saúde, ambiente e globalização. Ao fim do evento, nesta sexta (28), será iniciada a elaboração de um livro sobre o tema.

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Ao representar a reitora, professora Márcia Perales, na solenidade de abertura, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professor Gilson Monteiro, ressaltou o importante papel da Universidade na promoção de diálogo e troca de conhecimentos, através do apoio a ações como o CIGEOS. “É uma oportunidade de ampliar o sentido de saúde, pensando do ponto de vista da prevenção. Aqui será realizado o efetivo processo de troca de conhecimento de que a Universidade precisa. Muito mais do que o excessivo tempo em sala de aula, é nosso dever sair das ‘zonas de conforto’, e a Geografia dá um passo importante quando se aproxima da Saúde”.

Coordenador do Congresso recebe os convidadosCoordenador do Congresso recebe os convidadosO coordenador do Congresso, professor José Ademir de Oliveira, alerta: “As doenças ocorrem num determinado espaço geográfico, numa relação com o ambiente. Hoje em dia, existe a globalização das doenças, assim como da economia, de bens e serviços”. Ao avaliar o papel do geógrafo, o professor enfatizou que esse é o profissional responsável pela análise da interface Geografia & Saúde, o qual interpreta e propõe os meios necessários para lidar com ela. Em se tratando de trabalhos nessa área, o professor aponta para a parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFAM (PPG-Geo/UFAM), a Universidade do Estado de São Paulo (UNESP) e a Universidade Federal de Uberlândia como fonte de resultados nesse campo, tais como um livro e pesquisas de mestrado e doutorado.

Participaram da abertura, além do professor Gilson Monteiro e do professor José Ademir de Oliveira, o vice-diretor da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas (Fiocruz), Felipe Naveca; o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), professor Nelcioney Araújo; o representante do Centro de Referencia em Saúde do Trabalhador (Cerest), Eduardo Toledo; o chefe do Departamento de Geografia/UFAM, professor Marcos Lima; e a coordenadora do PPG-Geo/UFAM, professora Amélia Nogueira.

 

Professora fala sobre globalização e saúdeProfessora fala sobre globalização e saúdeGlobalização, Geografia e Saúde

A professora Ana Paula Santana proferiu a palestra inicial, na qual apresentou um panorama da relação entre a globalização e suas consequências para a saúde em escala mundial. “Globalizar significa aniquilar virtualmente o tempo e o espaço; esse fenômeno causa impactos positivos e negativos, dentre os quais eu destaquei a iniquidade e a partilha do conhecimento, respectivamente”, disse a catedrática, que também é consultora da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao elencar as manifestações da globalização, ela apontou mobilidade global, comunicação, novas estruturas de governos, alterações climáticas, interações culturais e fluxos migratórios como algumas delas, as quais influenciam as políticas globais sobre saúde.

“A globalização da saúde reflete-se na elaboração dos objetivos do milênio, na criação de políticas internacionais sobre saúde e na homogeneização dos estilos de vida”, refletiu a professora. Como consequências deste último fenômeno, é possível pensar sobre as doenças crônicas: “Mesmo que não sejam transmissíveis, os comportamentos que as condicionam são compartilhados e reforçados pela propaganda e pelo marketing”.

 

Interinstitucional

O evento é uma realização do PPG-Geo/UFAM e coordenado pelo professor José Ademir de Oliveira, tendo ainda a colaboração da Fiocruz, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Cerest, Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia Brasileira (NEPECAB), Programa de Licenciatura Indígena e Projeto Cine & Vídeo Tarumã. Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também fazem parte do rol de apoiadores do Congresso.

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