Cigeos inicia programação com palestras simultâneas
Aspectos que fazem a interface entre Geografia e Saúde serão discutidos no V Congresso Internacional de Geografia da Saúde (CIGEOS) iniciado às 9h, nesta segunda-feira, 24, nos auditórios do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Faculdade de Educação (Faced) e da Faculdade de Estudos Sociais (FES), em quatro palestras simultâneas correlacionadas à temática `Geografia da Saúde: ambiente e sujeitos sociais no mundo globalizado´. O evento objetiva ampliar as discussões em torno da questão do ambiente e da saúde.
Dentre as quatro, destaca-se a palestra `Vigilância em saúde do trabalhador: a proteção da saúde no espaço do trabalho´ proferida por uma equipe do Centro de Referencia em Saúde do Trabalhor (Cerest), da Secretaria do Estado de Saúde do Amazonas (Susam) apresenta os desafios da Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat) para a implementação das ações de proteção da saúde mediante o contexto atual de desenvolvimento econômico e social do Amazonas no contexto social.
Segundo a assistência social do Cerest e palestrante, Cintia Viviane Carvalho dos Santos, tendo como foco interdisciplinar, a vigilância em saúde do trabalhador intervém em vários ambientes e nos processos produtivos. Nesse sentido, é necessário a multiplicidade de atores, de profissionais de diversas áreas de conhecimento, como por exemplo, o da Geografia, para desenvolver ações articuladas nos espaços ou territórios, evitando assim, o adoecimento de determinada população, comenta a assistência social.
Para o professor do departamento de Geografia, Geraldo Alves de Souza e um dos coordenadores da equipe organizadora local, a ampliação das discussões nas fronteiras do conhecimento é reconhecer a interface que há entre o ambiente e a saúde. Ele explica que a Geografia estuda o território, o espaço geográfico e, tudo que está relacionado à Saúde, tem alguma coisa haver com o espaço geografia.
`Em outras palavras, é o espaço que influencia a saúde, o ambiente, a salubridade, o modo com que nós nos apropriamos dos bens e dos produtos podem nos ajudar ser mais saudável ou contribuir para ocorrências de doenças. Então, a geografia da saúde está na interface entre as disciplinas da área médica e o espaço geográfico´, frisa o professor.
Segundo ele, os estudos voltados para essa questão não são novidades na academia, entretanto, falta mais o desenvolvimento de pesquisas para que tenhamos melhores resultados. Hoje, tenhamos mais motivos para instigar essa interface, principalmente em função das novas tecnologias que estão disponíveis em que se pode dá um tratamento espacial as ocorrências das doenças e, a partir daí, reconhecer a geografia das doenças, finaliza.