Reunião discute transporte no campus Manaus

Organizada pelo Movimento Educar para a Cidadania, gestores, professores e discentes da Universidade Federal do Amazonas reuniram-se nesta quarta-feira (8), na sede da Associação dos Docentes da UFAM (Adua) para discutir a humanização do transporte no campus Manaus. O objetivo, segundo o idealizador da proposta, professor Mena Barreto, é discutir demandas levantadas pelos usuários do transporte e propor soluções, além de abordar temas correlatos à humanização do transporte coletivo e à educação dos condutores no campus Manaus.

“Depois desses movimentos começam a surgir encaminhamentos interessantes e parcerias são formadas”, esclareceu o professor Mena. O encontro reuniu ainda o representante do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), José Walter Pimentel, o diretor de Transporte da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Waldir Frazão, e pesquisadores do grupo “Busólogos Manaus”.

O prefeito do Campus, professor Atlas Bacelar, realizou breve apresentação histórica sobre a construção dos mais de seis quilômetros de rodovias. “Trata-se da maior floresta urbana do País e a terceira maior do Mundo, com mais de 670 hectares. Ao construir as vias sinuosas, o objetivo foi preservar as nascentes e o maior número de árvores possível”, esclareceu ele. O prefeito do Campus enfatizou que a maior parte dos acidentes tem causa no erro humano: “Condutores que não respeitam o limite de velocidade na estrada, que ultrapassam pela contramão ou que dirigem sonolentos dão causa à maior parte dos acidentes”, disse.

O representante do Manaustrans, José Walter Pimentel, esclareceu que os redutores de velocidade só podem ser colocados a 15 metros de distância de curvas, e que na estrada do Campus Manaus há possibilidade, sim, de implantação. Outra questão levantada por ele foi o desrespeito à sinalização na rotatória interna após a entrada da UFAM. Nesse quesito, o professor Bacellar enfatizou que foi necessário dispor de sinalização horizontal “PARE” porque os condutores não respeitam que vem na rotatória, de quem deve ser a preferência.

Em complementação, o diretor de Transporte da SMTU, Waldir Frazão, reiterou a necessidade de serem concluídos estudos aprofundados a respeito desse tema. “Além de vontade política, é preciso dispor de recursos financeiros para investir em melhorias significativas”, pontuou. Na avaliação dele, na malha viária de Manaus o transporte coletivo precisa ter prioridade sobre os demais veículos. Frazão concluiu ressaltando que a SMTU quer parcerias com universidades e grupos interessados e discutir e contribuir para a melhoria do transporte na cidade.

 

Transporte público no Campus: dois olhares

Integrante do grupo Busólogos Manaus, Renan Kaique Souza, que é estudante do 6º período do curso de Geografia da UFAM, apresentou o resultado de uma pesquisa sobre acessibilidade nos ônibus que entram no Campus. A partir dos resultados da investigação, os “busólogos” propuseram algumas mudanças: reinstalação das placas de horário de saída dos ônibus integração, 125 e 616; reativação da entrada da linha 354 no Campus; e que a linha 352 passe a integrar apenas para o terminal 3 (Cidade Nova), passando pela Avenida das Torres.

Outra pesquisa apresentada durante a reunião foi a da aluna Gabriela Colares, do 4º período de Geografia na UFAM. A estudante realizou uma pesquisa acerca dos abrigos de ônibus construídos na área do Campus. “Esses abrigos devem ser construídos pensando na necessidade de utilização em cada um dos locais. É importante estudo prévio, pois assim se verifica em que locais há maior demanda por eles”, destacou ela.

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