Estudantes relatam experiência em intercâmbio alemão

Luciana Costa, Tiago Lopes e Gleiça GabrielaLuciana Costa, Tiago Lopes e Gleiça Gabriela

Em busca de novos conhecimentos, estudantes da UFAM participam de intercâmbio na Alemanha. Há seis meses morando em Stuttgart, os graduandos relatam a experiência de estudar no exterior. Até o final de 2014, sete acadêmicos partirão para a cidade alemã.

Tiago Lopes, Gleiça Gabriela Silva e Luciana Costa são alunos do curso de Engenharia Elétrica da UFAM. Durante um ano eles terão a oportunidade de estudar no Instituto de Automação e Engenharia de Software da Universidade de Stuttgart, com a qual a UFAM mantém acordo de cooperação por meio do Programa Universidades Brasileiras e Alemãs (UNIBRAL) desde 2002.

Aos 21 anos de idade, cursando o 6º período, Tiago é o caçula dos brasileiros em Stuttgart. Para o estudante, participar de um programa de mobilidade acadêmica sempre esteve entre seus objetivos. “Desde o primeiro momento em que eu soube do intercâmbio, eu quis me inscrever; porque sair do Brasil, conhecer uma universidade que tem tradição em tecnologia sempre foi algo interessante para mim”, disse Tiago, destacando o método de ensino alemão. “No Brasil, tem muito a questão de você ter de frequentar todas as aulas, mas aqui, você tem todo o suporte caso você falte. Faltar não é algo ruim. Aqui, você tem autonomia para estudar”, declarou o intercambista, referindo-se ao programa da Uni-Stuttgart que permite ao aluno acessar o conteúdo ministrado em sala de aula sem precisar comparecer às aulas presenciais.

Para Gleiça Gabriela, é preciso se adaptar ao modo germânico de aprender. De acordo com ela, existe apenas uma avaliação por disciplina – prova escrita- no final de cada período, onde o domínio de todo o conteúdo ministrado é requerido. “Se você faz mais de uma disciplina, as provas serão perto uma da outra, então, você precisa ser disciplinado quanto ao seu tempo de estudo”, comentou. “É diferente, bem diferente, mas nós damos conta. Mas é preciso esforço”, confessou.

Praticar ou aprender outra língua é um dos benefícios para quem faz mobilidade acadêmica. No caso dos três jovens brasileiros, o inglês tem sido o principal idioma usado na Alemanha. “Eu praticamente só me comunico em inglês”, afirmou Luciana Costa, “Eu comecei a entender mais o alemão e com o convívio, você começa a aprender. E agora eu tento falar alemão, mesmo que errado, mas eu tento”, informou a alunaque optou por fazer o intercâmbio no último ano de faculdade. “Eu deixei de me formar nesse ano, mas eu vou ter a oportunidade de entrar em contato com tecnologias novas e é isso que eu quero”, frisou Luciana.

Estudantes com equipe da Ufam em visita oficial à StuttgartEstudantes com equipe da Ufam em visita oficial à Stuttgart

A receptividade do povo alemão torna a estada no Velho Continente ainda mais atrativa. “As pessoas são bem legais com a gente. Quando elas ficam sabendo que nós somos brasileiros, se sentem muito à vontade em ajudar”, expôs Gleiça Gabriela. “Não vi problema nenhum. A adaptação foi perfeita”, revel

ou. “A Alemanha tem sido muito boa para mim”, reconhece Tiago. “Aqui é bem tranquilo e seguro”, explicou. “Com a bolsa que eu recebo do Brasil dá perfeitamente para sobreviver aqui. Você se dedica realmente aos estudos e não se preocupa com mais nada”, assegurou.

Superar a saudade da família e dos amigos é um dos desafios para quem decide fazer intercâmbio, mas Gláucia descobriu o que fazer quando a falta dos familiares apertar. “O que me dá mais apoio é ver as pessoas que estão aqui. A gente vê que tem várias pessoas ao seu redor que estão na mesma situação”, explicou. “Tem pessoas que estão há seis anos separadas da família, tem gente que não pensa em voltar e tem aqueles que querem trazer a família para cá”, detalhou.

Sttugart, AlemanhaSttugart, Alemanha

 

 

Mesmo com essa dificuldade, os graduandos estão decididos a fazer a experiência em Stuttgart valer a pena. “Eu quero me esforçar bastante, aprender o máximo possível”, asseverou Gleiça Gabriela Silva. “Vou voltar para Manaus em fevereiro, terminar minha graduação e vou me preparar para fazer mestrado aqui”, adiantou Luciana Costa. “Não me arrependo nenhum pouco de ter vindo para a Alemanha e tenho total intenção de voltar para cá”, anunciou Tiago Lopes. “O fato de você ter uma visão de fora, de outro país, com certeza já fez toda a diferença na nossa formação”, finalizou Gleiça Gabriela.

 

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