Seminário discute a Educação do Campo na Amazônia

Analisar a realidade atual da educação na Amazônia, a partir de pesquisas sobre a qualidade do ensino e os principais desafios é um dos objetivos do Seminário `Educação do Campo na Amazônia: realidade, utopia e fazimentos´. Na programação, a mesa redonda I, cujo título `Educação do campo na Amazônia: a realidade atual´, a professora do Núcleo de pesquisa  Nova Cartografia entre Ufam e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Luciana Souza,  discursa  sobre Situação atual da educação indígena e quilombola no Amazonas. O evento teve inicio nesta quinta-feira, 21, com término para esta sexta-feira, 22, no auditório Lidia Parisotto, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

Durante a realização da mesa I, o professor da Faculdade de Educação (Faced), fez mediação entre os palestrantes, o qual chama a atenção da problemática da educação, a partir da diversidade cultural. Segundo ele, refletir  sobre Educação no campo é pensar no acesso de crianças e de jovens na Educação Básica, Fundamental e Média, como também sobre a permanência desses sujeitos na Escola.

Segundo ele, essas questões estão acima desse patamar, pois envolve  aspectos do direito a aprendizagem. Nesse sentido, os processos de qualidade e formação de cidadania são importantes para manter um ensino democrático, completa o professor.       

A professora Luciana Souza discorre sobre a temática analisando aspectos territoriais  e culturas, a partir da metodologia cartografia social  Segundo ela, a pesquisa reúne etnias indígenas, quilombolas dentre outros grupos mais gerais, pressupondo uma analise territorial não física, mas sob a dimensão política, social e economia como espaço de resignificação daquele localidade.

`Nós percebemos que são espaços em disputa em função de vários modelos de desenvolvimento, lógica econômica e política que não garantem o respeito a esses grupos sociais´, comenta Luciana Souza.

São inúmeras realidades de luta e resistência dessas populações em garantir o território, a partir da lógica da resignificação, disse a pesquisa que reflete a Constituição Brasileira de 1988 como marco democrático que permitiu o fortalecimento de lutas, ponderando grupos étnicos nas resistências.

`O que visualizamos quando, se algum tempo a luta no campo se dava em função dos pequenos produtores e agricultores numa lógica de expansão dos latifúndios, hoje, temos a inserção  muito maior sob os territórios de grupos étnicos, considerados áreas de maior preservação, constituídos de riquezas hídricas e minerais´, frisa.

Participaram da mesa redonda I, além do professor da Faced, Luiz Carlos Cerquinho e a pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), Luciana Souza, a representante da FAS, Nathalia Flores, e o coordenador Nacional de Educação do Unicef, Marcelo Mazzoli.       

 

  

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