Produtos recicláveis e criativos são o diferencial na AgroUfam

Produtos que antes eram descartáveis, sem nenhuma destinação,  agora ganha novos significados a partir da visão criadora de pessoas que acreditaram na possibilidade de se fazer um bom negócio. São produtos originários de materiais recicláveis, tornando assim, atrativos e vendáveis  na Agroufam 2014: Feira da Produção Familiar que ocorre nos dias 7 e 8, na Faculdade de Ciências Agrárias (FCA).

Cintos, roupas, chapéus, moveis adaptáveis, almofadas dentre outros produtos vendidos no estande `Chitas Nativas´da artesã Angelita Batista do Nascimento, 53, do Centro de Artes Irmã Iolanda Setubá que integra a Associação de Nossa Senhora de Nazaré, do bairro da Compensa, atraem clientes cada vez mais  interessados pelas estampas coloridas dos tecidos.

Antes mesmo de conquistar uma fatia de mercado, Angelita Nascimento conta que o tecido conhecido popularmente como `chita´ era desprezada por conta da diluição da tintura,  desbotava em menos tempo, desvalorizando o tecido. Agora, produzida com maior qualidade, foi possível trabalhar novo conceito a partir do reaproveitamento utilitário em acessórios produzidos para o dia a dia.

Segundo ela, tudo isso foi possível, a partir do convite da coordenadora do  Núcleo de Socioeconomia da Ufam (Nusec), professora Terezinha Fraxe, percebeu o potencial do produto no mercado de Manaus. Comecei confeccionando cortinas e, a partir daí, surgiu a ideia de trabalhar elaborando roupas de cama, mesa e banho. Em média, a artesã fatura R$ 1.200 durante os dois dias de exposição. Ela justifica que a qualidade perpasse pela confecção criteriosa do produto e diz que `isso é muito bacana´ porque atrai novos clientes.

Para Karine Sanchez, 29, inova expondo produtos a partir de retalhos de tecidos, originando as bonecas Abayomique significa na língua Iorubá: presente sagrado. Karine Sanchez explica que quando havia alguma data comemorativa e não tendo nada para presentear, as mulheres de algumas tribos africanas aproveitavam tecidos usados, rasgando as próprias barras das saias para tecer pequenas bonecas.

Dessa forma, comenta a artesã, `eu faço aproveitando o tecido disponível, como também resgato uma tradição que deve ser preservada`. Para ela, a AgroUfam deu maior visibilidade ao seu trabalho e o estande vem sendo muito visitado.

Outro aspecto importante são as pinturas a mão em camisetas, cuja temática se desdobra no âmbito da feminilidade e da liberdade da mulher em poder criar sua própria indumentária, ou seja, sua própria roupa e moda. A parceria com a artesã Kássia Farias, possibilita perceber um trabalho criativo a partir de linhas de lã, que muitas vezes não imaginamos que poderia resultar num trabalho diferenciado.

Segundo Kássia Farias, o trabalho é resultado de uma intensa pesquisa com grafismo, mas com um forte conteúdo espiritual.

Com apenas 3 anos no mercado, a artesã Darcilene Pires, 37, reciclava seu trabalho como Hobby, mas a partir do convite do Nusec, muita coisa mudou em sua vida, disse Pires. Moradora da comunidade Sebastião das Cunheiras, Alto Rio Negro, Darcilene Pires percebeu o interesse cada vez maior da clientela por produtos recicláveis e vem apostando na produção.

Geralmente, os produtos são desenvolvidos a partir da reciclagem da garrafa pet, como cortinas e até mesmo pneus que se transformam em verdadeiras obras de arte. A forma e o cuidado na elaboração faz desses produtos um atrativo e cria mais ânimo em desenvolver mais peças, finaliza a artesã.

       

        

 

 

 

 

     

   

 

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