Ufam participa de Conferência Internacional sobre os Grandes Rios do Mundo

As pressões e os impactos nos grandes rios mundiais têm aumentado nos últimos anos em razão da exploração humana. Para discutir o uso consciente da água, a 2ª Conferência Internacional sobre a Situação e o Futuro dos Grandes Rios do Mundo tem como objetivo aprofundar a investigação acerca do tema, sua gestão eficaz e sustentável. A cerimônia de abertura ocorreu nesta segunda-feira, 21, no Salão Rio Solimões, do Hotel Tropical de Manaus.

A Ufam, uma das organizadoras da 2ª Conferência, foi representada pela reitora, professora Márcia Perales. Na ocasião, a gestora da Universidade destacou a importância da temática que está diretamente ligada ao modus vivendi da população local. “Aqui, vivenciamos questões que envolvem não só um grande rio, mas outros grandes rios, como por exemplo, o rio Amazonas que tem quase 7.000 quilômetros de extensão, mas também com outras questões ambientais que têm relação direta com a diversidade Amazônica”, comenta a reitora.

A reitora entende que o grande desafio na atualidade é o de conciliar a preservação ao desenvolvimento sem excluir os amazônidas, os caboclos, que vivem e se alimentam dos rios. "Eles colhem aquilo que podem apresentar como produto ou serviço e dependem dos Sistemas de Rios. Não é uma questão simples, é uma questão complexa e intrigante, mas extremamente necessária para que tenhamos um planeta sustentável", disse professora Márcia.

A parceria entre Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a University of Natural Resources and Life Sciences (BOKU), que resultou na realização da conferência em Manaus é vista de forma positiva pelo coordenador do Comitê Organizador Local, o assessor de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Ufam, professor Naziano Filioza. "Nada mais justo que discutir o atual estado e futuro dos grandes rios do mundo colocando a Amazônia nesse contexto, porque aqui estão os maiores rios do mundo", disse o professor.

O assessor considera a política ambiental da Ufam uma questão chave. "Nós estamos inseridos na maior Bacia Hidrográfica do Planeta. Nós temos um Campus que possui uma área de conservação ambiental e precisamos preservá-la, então, nesse contexto, os rios amazônicos são também considerados importantes porque o homem amazônico não vive sem o rio", comenta o professor.

Para o coordenador do Comitê Local, esse tipo de evento tem a perspectiva de aproximar pesquisadores de varias instituições, e a partir daí, deslanchar novos projetos de pesquisa, novas iniciativas e aprimorar a temática. "Para a Universidade a Conferência é uma oportunidade de estreitar parcerias. Nós estamos, atualmente, com a carta da Unesco que está voltada para o estudo dos grandes rios que envolve outras instituições de ensino e pesquisa de outros países", informa.      

O representante do Institut de Recherche pour le Développement (IRD), Jean-Loup Guyot, considera importante a realização do evento em Manaus, em razão da região possuir o maior rio do mundo e pertencer à maior rede hidrográfica do planeta.  Segundo ele, durante a primeira edição do ciclo de conferencias ocorrida em Viena ( Áustria - 2011), Manaus foi indicada pelo organizador geral como sede para esta edição do evento.  

     

 

 

 

 

 

 

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