Dissertação aborda polo moveleiro do Amazonas

Apresentação da pesquisa e produtos confeccionados dentro da UfamApresentação da pesquisa e produtos confeccionados dentro da Ufam

Com o tema "Aplicação do Método de Custeio baseado em atividades (abc) na Produção de Artefatos de Madeira, o aluno do curso de pós-graduação Álefe Lopes Viana apresentou sua dissertação de mestrado, na manhã desta terça-feira, no bloco dos cursos de Pós-Graduação dos cursos de Ciências Agrárias, situado no setor sul da Instituição. 

A banca examinadora foi composta pelo orientador professor Fernando Cardoso Lucas Filho (DCF-Ufam), professor Nelson Kuwahara (FT-Ufam) e professora Claudete Catanhede, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). 
 
Segundo o aluno, o trabalho se baseou na agregação de valor dada à madeira. Hoje em dia, a madeira oriunda de manejo florestal tem um valor irrisório por conta de ineficiências, como máquinas obsoletas, mão-de-obra não qualificada, desperdício do material e falta de design, o que equivale a 60% de matéria-prima perdida. 
 
Ao longo de sua pesquisa, o Viana percebeu os móveis tradicionais que são feitos no polo moveleiro do Estado, não tem saída em outros mercados. Pensando no Design como um dos pontos de partida para um novo modelo de produção, o pesquisador fabricou uma poltrona e um centro de mesa fazendo uso de menos que duas pernas mancas, tipo de madeira comum em construções. As peças foram produzidas no laboratório de Marcenaria da própria Ufam, ao custo de pouco mais de R$ 130,00 cada uma.  
 
"Além de nós não levarmos em consideração os quesitos já citados, as fábricas, principalmente as da região onde mais se fabricam móveis, no Sul do País, atentam para itens como qualidade, prazo de entrega e custo, modelo. Quem ganha com uma nova metodologia para fabricação dessas peças, que também discutimos neste espaço, é o próprio polo, que gera pouco mais de 1.000 empregos e poderia ver esse nicho se desenvolver de forma regional", garantiu. 
 
O professor orientador do então mestrando, Fernando Cardoso Lucas Filho, ressaltou após a presentação do trabalho, que o polo moveleiro estadual, sofre por não considerar que a tecnologia é uma aliada ao seu processo produtivo.  
 
"O processo produtivo capaz significa poder cumprir com todas as etapas de um projeto, isso significa dizer na qualidade e quantidade demandada pelo mercado. Para se ter uma ideia, toda madeira extraída no Amazonas, mas igualmente no Pará e Roraima são direcionadas ao mercado sulista, num percentual de 90%. Manufaturada lá, todos esses móveis voltam para cá para serem comercializados na grande rede", comentou, revelando que o pinho e o eucalipto, principais tipos de madeira usadas na fabricação desses móveis têm qualidade inferior à madeira tropical. 
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