Workshop “Resíduos Sólidos Universitários” apresenta diagnóstico e debate melhor destinação para dejetos

Composição da mesa de abertura do eventoComposição da mesa de abertura do evento

O Programa de Extensão em Saneamento no Amazonas, do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amazonas, promoveu, no início da manhã desta quinta-feira, 5, a abertura da primeira edição do Workshop sobre “Resíduos Sólidos Universitários”, voltado às discussões acerca da complexidade do gerenciamento de resíduos sólidos nas instituições de ensino superior.

O evento, que acontece no auditório rio Japurá, na Faculdade de Tecnologia, setor Norte da Instituição, levou a público resultados e diagnósticos de pesquisas realizados pelos alunos do curso, bem como tentou apresentar soluções para o problema, a partir da sugestão de implementação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.

No primeiro dia do evento estiveram presentes além dos acadêmicos do campus Manaus, representantes das unidades de Benjamin Constant, Coari, Itacoatiara, Humaitá e Parintins, além de lideranças sociais organizadas envolvidas com a temática dos resíduos sólidos.   

Na abertura do Workshop, o professor João Bosco Ladislau de Andrade afirmou que desde o final da década de 1990, a Universidade passou a demonstrar maior interesse pelo gerenciamento de seus rejeitos.

Alunos do campus capital e de unidades do interiorAlunos do campus capital e de unidades do interior

Segundo Andrade, foi a partir deste período que se viu o aumento de disciplinas ambientais em cursos de graduação e pós-graduação, um maior número de eventos e publicações de livros e a criação de novos grupos de pesquisa.

“Em contrapartida a essas boas intenções, observamos que elas aconteciam isoladamente, sem harmonização os outros departamentos, com outras faculdades, com as unidades do interior. Portanto, é preciso estabelecer um senso igualitário em que todos sejam abarcados por medidas e hábitos mais responsáveis quanto ao manejo do lixo”, disse.

Ainda durante sua explanação, o professor apresentou um breve histórico do trabalho idealizado em sala de aula, com alunos do 3º período do curso de Engenharia Civil. Nele, 13 alunos foram mobilizados para promover um levantamento-diagnóstico da produção, manejo e descarte de resíduos dentro do campus.

A acadêmica Camila Bessa Coelho participou do projeto. Ela afirmou que, durante algumas semanas, foram aplicados questionários nos mais diversos setores da Ufam, a fim de identificar os tipos de detrito produzidos, como eram descartados, com que frequência o eram e se havia a prática de separá-los por tipo.   

O grupo descobriu que a maior parte do material produzido é composta por papel e plástico, não sendo eles separados por tipo e quando o são, o descarte não é dado conforme a nomenclatura. Isso quer dizer, de acordo com a aluna, que mesmo identificados em recipientes como papel, plástico, orgânico ou vidro, quando são recolhidos pelo serviço de limpeza, eles se misturam e têm a mesma destinação como sendo único tipo de rejeito.

“A situação foi ainda mais grave quando percorremos as trilhas dentro da área verde da Universidade. Encontramos mais de 20 pneus, sofá, geladeira e até lixo hospitalar”, alertou.

O trabalho do grupo de alunos que Camila integra será apresentado na tarde desta quinta-feira, como consta na programação que terá, também, a exposição de banners.

Amanhã, sexta-feira, dia 6, a cronograma do Workshop prevê uma visita ao campus da Universidade, uma visita técnica à Secretaria da Fazenda Experimental e uma visita técnica à fábrica situada no Polo Industrial de Manaus Moto Honda da Amazônia. Cada externa está limitada à participação de 40 pessoas.  

 

Texto: Carla Santos

Da Assessoria de Comunicação da UFAM
(92) 3305-1480

 

 

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