Programa Mais Médicos é discutido durante Congresso Regional Norte de Educação Médica

O Programa Mais Médicos, do Governo Federal, foi o tema dos debates da quinta edição do Congresso Regional Norte de Educação Médica na manhã deste sábado (31). Entre os aspectos mais abordados no encontro estiveram a expansão do número de vagas do curso de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.

Representando o Governo Federal no Congresso estava o doutor Vinícius Ximenes.Ele destacou que o Programa Mais Médicos veio para cuidar de questões bem específicas. “Nem todo mundo tem as apropriações de todas as variáveis que envolvem o programa. Esse encontro com a comunidade acadêmica e científica promove a reflexão em conjunto e serve também para esclarecer alguns aspectos do programa. O Mais Médicos veio para melhorar a condição de acesso da população brasileira aos cursos de Medicina, priorizar integrações de ensino e serviço e melhorar o perfil de formação dos médicos brasileiros na graduação e na pós-graduação e garantir um número de médicos adequado para a assistência à saúde dos brasileiros”, declarou.

Diretor da Faculdade de MedicinaDiretor da Faculdade de MedicinaPara o Diretor da Faculdade de Medicina da Ufam, doutor Dirceu Benedito, o debate abordou bastante o mundo da formação acadêmica e pouco o mundo do trabalho. “O mundo do trabalho foi um aspecto pouco abordado neste encontro. O Programa Mais Médicos, ao trabalhar com os projetos de expansão dos cursos de Medicina, não aborda a necessidade de mais enfermeiros ou fisioterapeutas, por exemplo, que são os profissionais que auxiliam os médicos na rotinas de atendimento. Estamos convencidosCongressistas Congressistas  de que precisamos de Mais Médicos, mas precisamos também dos demais profissionais para responder adequadamente a essa expansão”, frisou o diretor.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais.

O congressista Romes André Proença, médico da área de Neurologia, atribui a escassez de profissionais da Medicina nas cidades do interior do Brasil à falta de condições adequadas para o trabalho. “Precisamos de mais concursos; de um plano de carreira e de condições mínimas de trabalho. Hoje, no interior das cidades brasileiras, faltam condições para o exercício da Medicina, faltam recursos de diagnóstico básico. Não temos raio-X suficiente ou mamógrafos em quantidade adequada. Queremos estrutura de trabalho porque não se faz Medicina apenas com um estetoscópio e boa vontade, mas com estetoscópio, boa vontade e condições dignas para os atendimentos”.

 

 

BCMath lib not installed. RSA encryption unavailable