Metodologias para o ensino de Medicina em debate no V Crenem

Resultado de parcerias entre universidades do Amazonas e a participação de representantes de Estados como Acre, Pará, Tocantins e Sergipe, o V Congresso Regional de Medicina da Região Norte possibilitou, na tarde desta sexta-feira (30), debates sobre as metodologias de ensino da medicina em três linhas: internato preceptoria e estratégias para a graduação. Neste sábado (31), serão realizados painéis e oficinas nos auditórios do setor Sul do campus da Ufam, dentre os quais um debate sobre o Programa ‘Mais Médicos’ no âmbito da região Norte.

Dentre as oficinas ocorridas na tarde do primeiro dia houve uma intitulada ‘Estratégias para melhorar a Graduação’, no prédio da Faculdade de Ciências Agrárias (setor Sul). Uma das participantes foi a professora Norma Santos, clínica geral e endocrinologista e titular das disciplinas Tutorial e Habilidades e Atitudes Clínicas da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “A UFS é uma das primeiras Federais a adotar o ‘Aprendizado Baseado em Problemas’ (PBL), uma metodologia já utilizada na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos”, frisou a professora.

No PBL, os alunos vão às comunidades e resolvem os problemas levando em conta fisiologia e anatomia. “Os professores expõem os questionamentos e instigam a curiosidade nos alunos, ou seja, eles atuam como tutores e também aprendem com a didática”, complementou. De acordo com a diretora executiva do Centro Acadêmico de Medicina, Thaís Raposo, as ligas acadêmicas são projetos de extensão que cumprem o papel de iniciar os alunos na prática profissional e dar a eles experiências fora da sala de aula.

“Atualmente, conforme o levantamento feito pelo CAMED no primeiro semestre de 2014, existem 25 ligas acadêmicas na Ufam, mas que têm característica interinstitucional”, disse a estudante. Um exemplo é a chamada ‘Medicina da Família e Comunidade’, uma liga em que os alunos visitam as comunidades e, em apenas uma família, podem deparar-se com doenças como diabetes e hipertensão arterial. Quando isso acontece, o estudante pode trabalhar tanto com endocrinologia, para tratar o diabetes, quanto com a parte cardíaca, referindo-se ao tratamento da doença popularmente conhecida como ‘pressão alta’.

Ainda na tarde do primeiro dia, foram discutidos temas correlatos à temática central do Congresso, que é “Educação médica - Enfrentando os Desafios: do ciclo básico da graduação às residências médicas”. Na entrada do auditório Eulálio Chaves foram expostos banners produzidos tanto individualmente, como os resultados de pesquisas de Iniciação Científica, quanto os relatos de experiências produzidos pelos membros das ligas acadêmicas.

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