Órgãos ambientais debatem licenciamento em Workshop Brasileiro de Gestão Empresarial na Teia da Sustentabilidade Ambiental

No terceiro e último dia do Workshop Brasileiro Gestão Empresarial na Teia da Sustentabilidade Ambiental, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais, com apoio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos (Parev), no auditório Eulálio Chaves, representantes de órgãos municipal e estadual na área de meio ambiente falaram sobre suas respectivas aptidões dentro do sistema legalista de concessão de licenças e fiscalização, no painel intitulado "Responsabilidade Socioambiental Empresarial". 
 
Palestraram gestores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). 
 
Pelo Instituto de Proteção Ambiental falou a analista ambiental Artemísia Souza do Valle, que iniciou sua apresentação falando das leis que deram fundação ao Instituto, a partir de 1978, quando da instalação da Comissão de Desenvolvimento do Estado do Amazonas, o Codeama, numa medida d Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (Seplan), até 1989, data em que foi efetivamente, fundada.  
 
A partir de fevereiro de 2003, o IPAAM passou a ser vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), portanto, órgão executor da Política de Controle Ambiental do Estado do Amazonas, trabalhando frente a atividades como Controle Ambiental, Licenciamento, Fiscalização e o Monitoramento Ambiental.
 
"O licenciamento não é um entrave, é uma necessidade das empresas, porque o meio ambiente é de todos, principalmente se pararmos para analisar sobre os danos causados pelas empresas caso tomassem medidas sem o acompanhamento de agente regulador", afirmou ela. 
 
Pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), a diretora técnica operacional da Semmas, Aldenira Queiroz, que fez um balanço das ações no que se refere à elaboração e execução política municipal de desenvolvimento e meio ambiente de Manaus em consonância com as diretrizes estabelecidas pela política nacional de desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e de meio ambiente. Segundo ela, um dos maiores desafios da cidade está no fato Manaus ter apenas 17% de cobertura de esgoto doméstico-sanitário na área urbana.  
 
"Muitos de nós precisamos estar cada vez mais capacitados para atuarmos nesta área, que ainda é muito recente. Apesar da legislação, é um grande desafio para nós, analistas e fiscais, pensarmos como sugerir ao empresário e aos demais órgãos públicos a dar o correta destinação de resíduos e efluentes. Atualmente, a vida animal também está passível de multa e punições e nós, precisamos e devemos dar cumprimento às leis", salientou. 
 

O último dia de workshop foi para avaliar questões e propostas levantadas ao longo do evento. Durante a plenária final, a participação dos discentes foi significativa, demonstrando entusiasmo com o incentivo dado à criação de empreendimentos pautados na sustentabilidade ambiental, por exemplo, a conservação da biodiversidade por meio do uso de produtos biodegradáveis.

Outro ponto intensamente discutido durante as palestras foi a legislação em torno do tema, que teve palestra e mesa redonda voltadas para apresentar o Sistema de Gestão Ambiental Empresarial com a participação do professor Manoel Rodrigues, da Universidade Estadual do rio de Janeiro. Idealizadores de empresas incubadoras apresentaram também tendências futuras em gestão empresarial pautada sustentabilidade no Amazonas. 

Para o professor Julio Tello, idealizador do workshop, foi fundamental para aprofundar o debate sobre como devem ser tratadas todas as questões, por exemplo, dos empreendimentos conhecidos como limpos, ou seja, ecologicamente corretos, socialmente justos, culturalmente aceitos, economicamente viáveis. “É nesse direcionamento que estamos trabalhando e consideramos que é importante tratar esses assuntos, porque a Amazônia não é uma panaceia ou um armazém de recursos que podemos pôr a mão para extrair de qualquer jeito e subsanar nossas necessidades econômicas da região, senão teremos que criar determinados princípios estratégias de conservação desses recursos”. O professor avaliou positivamente todo o evento e a partipacação da comunidade acadêmica e da sociedade.

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