No encerramento, Nossa África apresenta culinária do continente e capoeira tradicional

Dialogar com os diversos segmentos afrodescendentes no Amazonas: esse foi o objetivo do ‘Dia da África no Brasil’, um evento realizado pelo Programa de extensão Nossa África e sob a coordenação do professor Hideraldo Costa. Os sons e as vestimentas típicas da África foram apresentados aos convidados durante todo o dia, nos intervalos das exposições orais.

Para o professor Hideraldo, os objetivos foram plenamente alcançados, inclusive porque nome ‘Dia da África’ rememora o ‘25 de maio de 1963’, quando numa reunião na Etiópia, em pleno processo de descolonização de países africanos, a data entrou na História daquele continente. “Nesse dia, lideranças do continente reuniram-se na Etiópia para discutir o tema e a data ficou conhecida como Dia da Libertação da África”, explicou o professor.

Nesta Universidade que acolheu estudantes universitários de diversos países africanos, o Programa Nossa África e os alunos do PEC-G/Ufam promoveram um evento para mostrar e valorizar a cultura daquele continente. Na avaliação do estudante do 3º período de Engenharia de Alimentos, Romuald Yomkil, a proposta conseguiu alcançar seu objetivo, que era conquistar com a música, a dança, a culinária e o entretenimento. “As palestras foram esclarecedoras e os professores trouxeram muitos conhecimentos sobre a África; nós do PEC-G ficamos responsáveis por revelar as tradições de cada país aqui representado”, esclareceu Romuald.

Um dos pratos típicos de Angola e de Cabo Verde, a ‘cachupa’, foi preparado e servido no intervalo da tarde, após a palestra intitulada ‘A África pelos poetas africanos’ foi apresentada pelos alunos do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G/Ufam). A guloseima tem o sabor que lembra a feijoada, e leva carne suína, feijão, e calabresa; mas, além desses ingredientes, há também o macarrão e a cenoura. Nada tão diferente do paladar brasileiro.

Outra apropriação da cultura da África é a capoeira, dança e filosofia que provém das lutas Camagula, Bassula e Batuque, originalmente do continente africano. O mestre Bahia, que é membro do grupo ‘Matumbé Capoeira’, explica que há três linhas: existe o modelo tradicional baiano, também conhecida como capoeira de Angola, a capoeira regional e a contemporânea. “Matumbé significa berimbau em Tupi Guarany. Nós, desse grupo, ensinamos a capoeira tradicional e a regional. Através dessa prática revelamos a cultura africana na origem de tudo”, explicou o mestre. Com refrões reflexivos e passadas leves, as crianças aprendem a capoeira.

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