I Seminário ‘Encontro com a História’ promove intercâmbio de saberes entre graduação e pós

A programação garantiu que tanto graduandos quanto pós-graduandos participassem levassem suas contribuições ao Encontro com a História, ocorrido até o dia 9 de maio, no Instituto de Ciências Humanas e Letras. Além dos discentes de História e do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), estudantes das áreas de Serviço Social e Geografia também apresentaram pesquisas de Iniciação Científica, experiências de estágio, monografias e dissertações de mestrado.

O evento foi realizado pelo Laboratório de Estudos de Gênero e Grupo de Pesquisa Gênero, Sociabilidade, Afetividade e Sexualidade, que é vinculado ao PPGH. O grupo é coordenado pelo professor Emílio Morga e teve como iniciativa promover o diálogo entre os dois níveis de pesquisa e aprendizado. De acordo com a professora Bárbara Lira, uma das coordenadoras do Encontro, a participação dos calouros foi eficaz por dois motivos: promover intercâmbio de conhecimentos e adicionar 30 horas complementares pela participação.

Um dos trabalhos apresentados foi a monografia da estudante Rafaela Bastos, intitulada ‘Entre memórias: as experiências dos carregadores de mercadorias na área portuária da Manaus Moderna (1990 – 2012)’.  O recorte do tempo revela inclusive as condições que levaram os carregadores do Porto a exercer essa atividade. Muitos vieram para Manaus no interior do Amazonas ou do Nordeste em busca de colocação na Zona Franca de Manaus ou no comércio. Alguns tiveram outras ocupações, como pedreiros, e mais tarde tornaram-se carregadores de mercadorias, ainda de forma não institucionalizada na década de 1990.

“No trabalho, durante as entrevistas com esses trabalhadores, percebemos um conflito entre institucionalizados e não institucionalizados. Ou seja, se participam ou não de sindicatos ou associações”, explicou Rafaela. Uma determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) regulamentou a atuação dos carregadores dos portos, o que gerou essa divisão em dois grupos. O primeiro secretário da Associação, identificado como ‘seu Antônio’, acentuou as diferenças: “Os ‘pirangueiros’ carregam peixe, por exemplo; mas os associados não”. Outros trabalhos com temas da realidade local foram apresentados durante os quatro dias de evento.

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