Café científico do Lafa expõe projetos de pesquisa voltados à produção animal, na FCA

A Faculdade de Ciências Agrárias, por meio de seu Laboratório de Anatomia e Fisiologia Animal (Lafa) , promoveu na tarde desta quinta-feira, 27, o Seminário de Produção Animal, que apresentou resultados de dez trabalhos realizados por alunos do curso, em campo e em laboratório. 

Um deles, desenvolvido pelo aluno Mazanil Correia Pantoja, no ano de 2012, abordou a Dermatofitóse, uma zoonose (doença) que causa fungos em ovinos, bovinos e suínos e que pode ser transmitido ao ser humano, caso este não tenha os cuidados necessários para manejar os animais e não trate os bichos com os devidos cuidados. 

O aluno iniciou sua apresentação citando o fato de a Amazônia poder abarcar apenas 20% de área verde para desmatamento responsável e que isso faz com que as produções de animais, que necessitam de pasto, serem cada vez mais contingenciadas. 

"O objetivo do meu trabalho foi conhecer a maior diversidade de fungos possível, seus meios de transmissão e como tratá-los", disse. 

Segundo os estudos do acadêmico, que foi orientado pelo professor Pedro de Queiroz Costa Neto e recebeu colaboração da professora Rozana de Medeiros Souza Galvão, os fungos causadores da dermatofitose causam danos na pele e pelos dos animais, embora não impeça a comercialização de sua carne, desde que esta doença, a dermatofitose, seja a única existente. 

O levantamento in loco e foi feito na fazenda Experimental da Ufam e as amostras de pele, levadas para o laboratório de Fisiologia Animal. A olho nu, nenhum dos bichos apresentavam acometimento da doença. 

"Feitas as análises, chegamos à conclusão de que os ovinos apresentaram maior número de fungos, do que os bovinos e suínos. A doença não estava aparente, mas estava lá", concluiu o aluno, afirmando que este tipo de zoonose não é impedimento para que o animal seja considerado inapto para comercialização ou criação. 

"É apenas caso de tratamento com fungicidas. No caso do homem, se estiver contaminado, o cuidado precisa ser maior, uma vez que o sistema imunológico pode lidar com o organismo de forma diferente, requerendo uma consulta com um dermatologista", explicou. 

Animais que tenham sido adquiridos de outras propriedades, Mozaniel lembrou a prática de mantê-lo em quarentena, a fim de observar desenvolvimento de algum problema de saúde que o impeça de estar com o restante do rebanho. A zoonose dermatofitose pode ser transmitida de qualquer animal doméstico para os bovinos, suínos ou ovinos e apenas pelo toque, entre eles mesmos. 

Para evitar contágios pela doença, o tratador do animal precisa, de acordo com o pesquisador, agir de forma preventiva, sempre usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 

Além do trabalho defendido por Mozaniel, o Café Científico do Lafa ainda teve apresentações sobre as seguintes temáticas: Influência da densidade de Estocagem no cultivo de Tambaqui; Efeito do enriquecimento Ambiental Sobre o Bem Estar dos Camundongos; Suplementação com Óleo de Dendê em Rações de poedeiras Comerciais Leves, entre outros. 
 
Sobre o Lafa
 
O café Científico é um projeto de Extensão, coordenado pela professora Roseane pinto Martins de oliveira, que tem como objetivo promover e divulgar os trabalhos científicos desenvolvidos por alunos e professores dos cursos das Faculdades de Ciências Agrárias, referentes à produção animal. 
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