Banca avaliadora do julgamento simuladoSeis estudantes da Faculdade de Direito participaram na tarde desta quinta-feira, 23, de um julgamento simulado da Corte Interamericana de Direitos Humanos. A melhor dupla escolhida pela banca avaliadora representará a Universidade em evento internacional na área de Direitos Humanos.

A competição é organizada pelo Grupo de Estudos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (Gesidh) e tem por objetivo preparar os acadêmicos para participar do evento internacional em Washington (EUA), bem como estimulá-los a trabalhar na área de Direitos Humanos.

De acordo com uma das coordenadoras do Grupo, Catarina Estrella, o Brasil assinou um pacto pelo qual se submete a jurisdição da Corte Interamericana podendo levar casos que envolvam problemas de Direitos Humanos. “O papel das duplas é representar os advogados das vítimas numa ação contra o Estado que fez violação aos Direitos Humanos. Aqui, eles estão apresentando uma petição inicial”, orientou Catarina Estrella. 

O julgamento simulado pela Faculdade de Direito segue os mesmos critérios da competição internacional que ocorrerá em maio. “Nós estamos apresentando aos alunos uma oportunidade de advocacia diferenciada, onde eles podem conhecer as violações de Direitos Humanos e saber arguir isso, não como no sistema brasileiro, mas de acordo com o sistema internacional, da Convenção Americana de Direitos Humanos”, esclarece Catarina.

Ainda conforme a coordenadora, em 2014 será realizada a 18ª edição da competição internacional, o Brasil esteve presente em 10 delas. Os países que concorrem no julgamento simulado americano são aqueles que normalmente já possuem uma advocacia muito desenvolvida na área como Colômbia, Argentina, Chile. “Eles sempre são visto como os mais fortes porque os sistemas jurídicos deles já integraram essa matéria de forma que o Direito Internacional se confunde com o Nacional”, afirma a integrante do Gesidh.

Luciano Tavares está no quarto período de Direito e esteve na capital americana em 2013 representando o Brasil. Segundo Luciano, a competição é uma oportunidade de aprendizagem muito enriquecedora. “Foi uma experiência ótima porque nós tivemos contato com os maiores expoentes da área de Direitos Humanos em nível internacional. Eles nos aconselharam a usar a experiência de lá na nossa carreira profissional. Eles sempre diziam que os Direitos Humanos fazem parte, sim, do ordenamento brasileiro”, revelou o estudante.

Laura Nascimento cursa o quarto período e ao lado de Hamilton Gomes compõe uma das duplas do julgamento da FD. Para ela, participar de um evento como o de hoje e o que se dará nos Estados Unidos promove um ganho substancial. “O importante dessas competições é que criamos interesse pelo tema, por exemplo, esse ano o tema é deficiência. Eu nunca parei para estudá-lo e, com essa competição, tive a oportunidade de conhecê-lo melhor”, disse Laura.

Outro ponto favorável exposto pela estudante é a maneira dinâmica de aprender proporcionada pela competição. “É uma forma interessante de aprender que não aquela maçante, dos livros. É uma forma divertida e prática”, declarou. Sobre a competição desta sexta, Laura é otimista. “A experiência está sendo bem positiva. No ano passado, atuei como observadora, agora, participando, é bem mais emocionante”, salientou.