Crescimento e desenvolvimento econômico são temas de palestra na FES

Para definir critérios para interpretação de dois conceitos próximos, a Faculdade de Estudos Sociais realizou na última terça-feira (21) a palestra “Crescimento e Desenvolvimento Econômico: do otimismo do século XX às incerteza do século XXI”. O professor português Francisco Sousa Diniz, da Universidade Trás-os-montes e Alto Douro foi o palestrante convidado.

Dois conceitos de grande importância para compreender uma sociedade são crescimento e desenvolvimento econômico. Ambos apesar de ter certa proximidade, são distintos. Enquanto crescimento refere-se à análise meramente qualitativa da economia, desenvolvimento econômico apresenta outras características e engloba fatores como melhoria da qualidade de vida, justiça e outras questões sociais. Essa diferença é fundamental para interpretar as teorias estudadas em Ciências Econômicas. Para estimular essa discussão é que a Faculdade de Estudos Sociais convidou o professor Francisco Sousa, da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (Utad). O objetivo é apresentar aos acadêmicos e interessados no tema a perspectiva européia dos dois conceitos para fazer um contraponto à perspectiva brasileira, sobretudo amazônica.

Para o professor Salomão Neves, a visita e palestra do professor Sousa representa um intercâmbio de conhecimento positivo para ambas universidades: “O pesquisador europeu pode ter uma visão diferenciada acerca dessas variáveis, então é muito importante nós incentivarmos o debate entre instituições, entre professores e assim estimular redes de pesquisas em comum, sobre o mesmo tema”.

Professor Francisco Sousa Diniz, da UtadProfessor Francisco Sousa Diniz, da UtadA palestra “Crescimento e Desenvolvimento Econômico: do otimismo do século XX às incerteza do século XXI” superou a estimativa e quase lotou o auditório Rio Amazonas que tem capacidade para mais de trezentas pessoas. Entre alunos, professores e economistas, o professor Francisco explanou suas impressões sobre a crise recente pela qual Portugal passou e suas consequências, bem como sobre o Brasil. Ao final, respondeu questionamentos do público. “A expectativa é que os alunos interajam bastante: sanem dúvidas surgidas durante as aulas. Por exemplo, os alunos de Ciências Econômicas que estudam nesse período Teoria Macroeconômica. É muito importante que vejam como essas variáveis funcionam na prática e assim, incentive a busca pelo conhecimento. Quanto aos professores, esperamos que surjam novas oportunidades de parcerias futuras entre a Ufam e a Utad, tornar mais próximos os pesquisadores”, destaca Neves.

O professor Francisco Sousa Diniz, convidado palestrante, ressaltou a importância no contato entre Brasil e Portugal: “É sempre um prazer orientar acadêmicos brasileiros na pós-graduação. Na Ufam, a receptividade dos alunos ainda na graduação é boa e pode render frutos bonitos mais a frente. Quantas vezes convidado, estarei a vir”, comenta.

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