Experimento testará a produtividade de cultivos em diferentes ambientes

Com o objetivo de aproximar teoria a prática, os alunos do curso de Agronomia do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) estão realizando vários experimentos que envolvem o manejo de milho, feijão e mandioca. Os experimentos fazem parte dos projetos de PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) coordenados pelo professor doutor Aristóteles de Jesus Teixeira Filho.

Nos fundos ICET foi montado um campo experimental, onde as três culturas foram separadas por setores e estão sendo testadas para avaliar as suas diferentes respostas frente à adubação mineral NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), orgânica (esterco bovino) e o cultivo convencional, sem adubação. O objetivo é comparar a produção das variedades e relacioná-las ao custo-benefício da adubação, vislumbrando uma alternativa para o produtor rural da região.

O aluno responsável pelo experimento de feijão (cultivares IPEAN V-69 e BR 8 Caldeirão), que é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, Reikson Benezar Carvalho, conta que o experimento visa mostrar ao produtor as vantagem da adubação. “Depois da análise do solo, dividimos a área em três partes: uma recebeu adubação com esterco bovino, outra com NPK, e na terceira, denominada testemunha, o cultivo sem adubação, e é notório o vigor entre os seguimentos adubados, já testemunha o vigor vegetativo da planta bem inferior aos demais sistemas comparados. Queremos que o produtor avalie isso tenha uma alternativa ao plantio convencional”, explicou.

Na quadra o milho (cultivar BR 5110), cujo experimento é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) o aluno Walace Braga Lira conta que está avaliando o sistema mais adequado, comparando o custo produtivo para o produtor de milho da região. “Estamos verificando até término desse plantio, qual dos três tratamentos é o melhor, no nosso caso a adubação mineral e orgânica estão se destacando em altura da planta, a uniformidade dela com o solo também está bem avaliada, após a colheita será possível verificar a produção média por hectare de cada área e definir o método mais adequado”, afirmou.

O projeto do cultivo da mandioca da variedade conhecida regionalmente como ‘de seis meses’ é financiado também pela FAPEAM e tem como bolsista a aluna Maria do Socorro Barros Martins. Nesta área também notória a diferença entre as plantas com e sem adubo e na ocasião da colheita essa mandioca também seguirá para analise estatística semelhante à do milho e do feijão pra ver qual o melhor tratamento de solo a ser aplicado para se conseguir boa produtividade em termos de raiz e parte aérea, comenta o professor Aristóteles.

De acordo com o professor Aristóteles “a ideia aqui também é mostrar para o agricultor um plantio sistematizado e não como se tem visto por aí onde as pessoas plantam um pé ali, outro pé acolá, ou seja, não obedecem ao espaçamento que é sugerido pela literatura ou pelos dos órgãos de pesquisas, então quando não se usa o espaçamento adequado acontece de ter uma planta no sul, outra no norte, uma no leste, outra no oeste mais você não tem um número grande de plantas por hectares”.

O professor Aristóteles lança um convite aos agricultores da região “espero que um grupo de agricultores venha visitar a nossa área, para que possa verificar visualmente que há distinção entre os tratamentos e que há distinção em numero de plantas por área, sinalizando que eles deveriam plantar utilizando esse espaçamento ou outro sugerido pela literatura, de maneira que pudessem aumentar a sua produção de milho, de feijão, de mandioca ou de outra cultura qualquer, seja em um hectare ou menor ou maior” afirmou.

A falta de sistematização na lavoura traz consequências desastrosas à economia, como o aumento exagerado de preço e até mesmo o desabastecimento, como o foi caso do ano passado como o preço da farinha de mandioca bastante inflacionado decorrente da menor disponibilidade de farinha no mercado.

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