Cerca de 16 profissionais de diferentes áreas estão recebendo treinamento no projeto Estudos de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), cujo objetivo é pesquisar a alimentação, o peso, os hábitos e as atividades dos adolescentes, visando avaliar os resultados da saúde de estudantes entre 12 a 17 anos. O treinamento que teve início na segunda-feira, 13,  na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF), Setor Sul, finaliza atividades na sexta-feira, 16.  

O Estudo é coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com execução estadual pela Universidade Federal do Amazonas ( Ufam). Ao final, o Estudo de Riscos Cardiovasculares (Erica) poderá propor novas políticas públicas de educação e saúde para combater a obesidade na adolescência. No Amazonas, 42 escolas da rede de ensino pública e particular estão envolvidas na pesquisa.

A coordenadora da Ufam, professora da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF), professora Elisa Brosina de Leon, destaca que a participação da Ufam no Erica remete a criação de uma evidência em nível nacional como também coloca o Estado do Amazonas no processo de identificação de uma parcela da população que sofre com mal comum na modernidade.

De acordo com a coordenadora, a previsão de término da pesquisa deverá ocorrer até o final do mês de maio: " No entanto, o nosso cronograma poderá sofrer alguns imprevistos e o prazo deve estender um pouco mais. O estudo será realizado efetivamente em nossa cidade em que apresentará resultados como índice de obesidade escolar, hipertensão arterial, dentre outros", comenta a coordenadora.

Conhecer o projeto e os materiais que deverão ser utilizados durante todo estudo são as principais informações iniciais que o supervisor está recebendo no treinamento. Segundo a coordenadora, o equipamento denominado de PDA, utilizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) será utilizado no estudo. "O PDA é o meio seguro de fazer a coleta  e mais lúdico para o aluno preencher o questionário", salienta.

Segundo ela, aproximadamente 3 mil adolescentes serão avaliados das escolas públicas e privadas de Manaus. Para ela, é uma população que estatisticamente se consegue realizar um panorama. Com os resultados, a escola  avaliada deverá apresentar alguma mudança de hábitos alimentares ou de atividade física, na qual encontrará  estratégias para a prevenção de doenças cardiovasculares.  

Para a fisioterapeuta selecionada para o treinamento, Karen Pinheiro Nogueira, 35, o treinamento vem agregar conhecimento e coloca em prática tudo aquilo que aprendeu durante a graduação: "Por meio desse projeto, o governo brasileiro irá propor novas medidas sócio-educativas mais seguras quanto a boa alimentação na fase escolar", finaliza Karen Nogueira.