Seminário sobre Educação de Jovens e Adultos encerra com discussão sobre trabalho

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Seminário “Educação de Jovens e Adultos e educação popular: diálogos e perspectivas emancipatórias” encerra programação pública com mesa-redonda “Movimentos sociais e educação na 2ª década do século XXI: entre a atomização e as lutas gerais. Perspectivas marxistas”. A mesa-redonda teve a participação do professor Caio Antunes, da Universidade de Federal de Goiás, da diretora da Faculdade de Educação, professora Arminda Mourão e do professor do curso de Filosofia da Ufam, José Belizário. O Seminário ainda terá dois dias de atividades (20 e 21), mas somente para membros do NEPE e de associações populares que participaram do evento. 

 

Os palestrantes proferiram temas relacionados aos movimentos sociais e as lutas mais gerais e particularizadas numa abordagem marxista. O professor Caio Antunes discorreu sobre o processo de fragmentação das lutas gerais da sociedade e a dificuldade de articulação do movimento sindical. Já a professora Arminda Mourão abordou o movimento sindical e suas perspectivas para o século XXI.

As transformações no mundo do trabalho são consequências das mudanças estruturais do capital. Existe uma perda de Diretora da Faced Arminda MourãoDiretora da Faced Arminda Mourãoprodutividade do capital e, consequentemente, de sua lucratividade. É um processo que envolve os direitos dos trabalhadores e a sua desqualificação. “A maioria dos trabalhadores, cada vez mais, sofre um processo de desqualificação. O capital exclui o trabalhador que não passa pelo sistema de ensino. O discurso da qualificação é um processo de exclusão da maioria dos trabalhadores e decorre das mudanças no processo produtivo. Há uma qualificação geral na sociedade, mas uma desqualificação do trabalhador. O capital vem substituindo o termo qualificação por competência. Esse comportamento é aceito de maneira generalizada na sociedade, mas o que está por trás é uma reconfiguração da estrutura do capital”, destacou a diretora da Faced, Arminda Mourão.  

 

 

 

Caio Antunes destacou a influência do taylorismo/fordismo no comportamento social no século XX e a crise do sistema econômico. “A reestruturação do capitalismo iniciou com o taylorismo e o fordismo, no século XX. No final da década de 60 e início da década de 70, o modelo de organização do trabalho entra em crise. Esse momento que marca a crise de um modelo, não é simplesmente a crise de um modelo, mas uma crise de um sistema de produção da vida. É a crise de um modo de organização de todas as esferas da vida. A crise do capitalismo industrial. Ela é profunda, fundamental e não aparece de forma estrondosa”, explicou Caio Antunes.

 

 

 Uma das coordenadoras do evento, a professora Maria da Conceição Monteiro Ferreira, explicou que a atividade desta 

Professora da Faced Maria da Conceição MonteiroProfessora da Faced Maria da Conceição Monteiroquinta-feira, 19, encerrou o Seminário aberta ao público. “O Seminário continua nesta sexta e no sábado para os membros do NEPE e as entidades que trabalham com educação popular. Esses dois dias será destinado para a formação do Grupo e dos membros das entidades. O evento foi de grande importância porque deixa uma reflexão sobre a Educação de Jovens e Adultos e a participação de formadores de diversas áreas”, explicou a professora.  

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