PET Pesca: Palestra sugere novas embalagens para acondicionar pescado

Evento é parte da programação do PET PescaEvento é parte da programação do PET Pesca

O Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Engenharia de Pesca da UFAM promoveu, nesta quinta-feira, 5, uma palestra para alunos inseridos no projeto sobre “Novas Tecnologias para o Cultivo de Peixes no Brasil” e “Qualidade do Pescado Refrigerado Sob Atmosfera Modificada e o Uso de Etiquetas Inteligentes”, ministrado pelo doutorando em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Furg), professor Marcondes Gonzaga Junior.
 
Ao introduzir sua palestra, o professor falou um pouco sobre a espécie de peixe pirarucu, que teria, segundo ele, uma boa aceitação no mercado caso recebesse investimentos no que tange à tecnologia de produção, armazenamento, embalagem e escoamento, porém, está aquém do que poderia representar economicamente para o Amazonas.
 
“A espécie de peixe mais comercializada no País é a tilápia, da qual se utiliza 33% da carne. O pirarucu rende ao menos 50% da carne para envasamento, uma produção muito mais expressiva”, explicou o professor, acrescentando que, se refrigerado, tem validade até duas semanas, o que garante um processo de comercialização em tempo hábil.
 
O professor e também pesquisador deu prosseguimento a sua apresentação falando das ideias para o desenvolvimento de embalagens de acondicionamento de pescado diferentes e, até mesmo, sustentáveis.
 
Com apoio de slides, ele revelou ideias de embalagens sensíveis à luz e à temperatura, que “denunciam” quando tiveram suspensão de ambiente térmico necessária à refrigeração.
 
“No mercado, temos embalagens que indicam quando determinado produto está na temperatura adequada. O mesmo aconteceria com o acondicionamento do peixe”, disse.  
 

Para o pesquisador, a sustentabilidade também não pode ser esquecida quando se fala em recursos naturais subutilizados. Marcondes sugere que resíduos orgânicos do próprio pescado podem ser utilizados, transformados em embalagem proteica comestível. “Nós chamamos isso de isolado proteico, que passa a ter aparência plástica e que por mais que não seja reutilizado, pode até ser despejado naturalmente porque se degrada sem danos ao meio ambiente”, disse. 

Programação 

O Pet Pesca promoverá outra rodada de palestras, sobre a mesma temática, com pesquisadores de instituições de outros estados. O evento está agendado para a segunda quinzena de dezembro, em data ainda a confirmar. 

 

"Nosso foco é promover o Ensino e a Extensão aos alunos do curso, oferecendo certificados e, com certeza, a experiência para a área que eles desejaram seguir", informou a coordenadora do PET Pesca, professora  Marle Angélica Villacorta Corrêa.

 

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