Pró-reitora expõe vantagens do modelo de Parque da Ufam“Parques tecnológicos e incubadoras como espaços sustentáveis de integração entre a academia e industria” foi o título da primeira mesa de palestras do 4º Workshop Internacional de Inovação do Amazonas, o InovAmazonas, que contou com a participação da pró-reitora de Inovação Tecnológica da Ufam, professora Socorro Chaves, a qual relatou a experiência desenvolvida pela Universidade através do Parque Científico e Tecnológico para a Inclusão Social (PCTIS). A apresentação ocorreu na tarde desta quarta-feira, 27, no auditório Guilherme Nery, localizado no Bloco C, da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF).  

Em sua participação, a pró-reitora Socorro Chaves discorreu sobre o papel da Ufam mediante os desafios da contemporaneidade e o PCTIS como uma resposta que a Universidade faz da interpretação da realidade amazônica para contribuir com o desenvolvimento socioambiental da região. Partindo desde a criação do Parque tecnológico até os resultados obtidos e a expansão das atividades, a professora elencou as principais características do modelo adotado pela Instituição que o diferenciam dos demais parques do país.

Inclusão social e abrangência do PCTIS são destacadas pela pró-reitora da Protec

Segundo Socorro Chaves, a inclusão social é o primeiro fator favorável ao PCTIS da Universidade. “Ele (PCTIS) está preocupado com a questão do bem estar social, com a melhoria da qualidade de vida por meio de ações afirmativas, em criar emprego e renda, principalmente, para os povos tradicionais da nossa região”, informa a palestrante.

A descentralização do Parque Científico e Tecnológico para a Inclusão Social é outro diferencial citado pela pró-reitora. De acordo com ela, os parques tradicionais são centralizados em um só local. Já o PCTIS possui uma grande área de abrangência atuando não só na capital, como também em diversas partes do interior do estado. “O PCTIS está presente em 45 municípios, abrange quase duas mil comunidades. Então, ele está dentro das comunidades, dentro da Universidade, nas 18 unidades da Ufam”, revela.

Para a professora, a maior abrangência do modelo da Ufam contribui para que o projeto desenvolva mais atividades e proporcione mais resultados, portanto. “Ao invés dele ficar centralizado no apoio às empresas, ele apoia as empresas, mas, ao mesmo tempo, ele apoia empreendimentos econômicos solidários. Ele  possibilita a articulação, a criação de sistemas inovativos, arranjos em que envolvem tanto produtores da micro e pequena empresa até a grande empresa”, diz Socorro Chaves.

PCTIS está presente em quase duas mil comunidades do Estado

A pró-reitora citou alguns dos resultados das ações realizadas pelo Parque da Ufam. “Temos 81 ações voltadas para tecnologias sociais e dessas, 50 já estão consolidadas, em fase de replicabilidade, ou seja, estão sendo aplicadas em vários outros lugares. O PCTIS possui 735 pesquisadores articulados, mais de 100 parcerias nacionais e internacionais. Ele está em mais de 6 redes internacionais importantes”, exemplificou a professora.

Técia Carvalho, presidente da Riec, acredita no bom desempenho do Amazonas

Participaram da mesa, além da professora da Ufam, a presidente da Rede de Incubadoras de Empresas do Ceará, Técia Vieira Carvalho e o diretor da Agência de Inovação Tecnológica (Universitec/UFPA), Gonzalo Enriquez. Para a representante do Ceará, ainda é um desafio trabalhar com inovação, ciência e tecnologia no Brasil, pois o tema é relativamente novo, mas, na avaliação de Técia Carvalho, o Amazonas está no caminho certo. “O Norte e o Nordeste não estão tão distantes da realidade do restante do país, não. A universidade, a empresa, o setor público têm feito o seu papel. O importante é você acreditar. Eu costumo dizer que a gente trabalha para ter sorte. O Amazonas vai estar bem porque tem muita gente trabalhando em prol disso. O Ceará também”, salienta a presidente. 

4º Workshop Internacional de Inovação do Amazonas (InovAmazonas) é realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e visa contribuir para a criação, no Amazonas, da cultura de inovação. Domingos Sávio Oliveira, chefe do Departamento de Apoio à Inovação da Secti, explicita a importância da inovação para o Estado. “A secretaria entende que a inovação hoje é um ponto crucial para o desenvolvimento não só da região, como também do país. Hoje, não se fala mais em desenvolvimento sem inovação, nas empresas ou no setor público. Então, esse evento vem para promover um ambiente de discussão e disseminação da cultura de inovação, dos mecanismos de desenvolvimento, dos programas que estão sendo implantados não só no estado, mas como outras experiências exitosas em outras regiões para que se possa criar um ambiente de inovação no estado que conduza ao desenvolvimento econômico e social”, destaca o representante da Secti.

O PCTIS

Domingos Sávio Oliveira, representante da Secti

Produzir conhecimento, dialogando com as comunidades, e ao mesmo tempo articular parcerias com o setor produtivo, é um dos focos do Parque Científico e Tecnológico para Inclusão Social: Rede de Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica. Criado em 24 de maio de 2010, por meio de convênio assinado entre UFAM e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O PCTIS tem por objetivo trabalhar com bases tecnológicas sustentáveis, a partir de uma rede de Inovação e Extensão Tecnológica para o desenvolvimento econômico, cultural e político dos povos da Amazônica. Suas ações serão balizadas por meio da Rede, que promoverá a inclusão social dos diversos segmentos que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social e ambiental, envolvidos direta e indiretamente, criando oportunidades de acesso para usufruto de bens e serviços sociais e para a adoção de práticas sustentáveis de geração de renda. 

Confira a programação do evento a seguir:

Anexos:

Programação InovAmazonas

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